metropoles.com

Leis sobre uso de máscaras provocam queda de braço entre distritais

Apresentada pelo líder do GDF na Casa, deputado Hermeto (MDB), a proposição foi comentada por duas semanas seguidas, mas não foi votada

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Hugo Barreto/Metrópoles
Imagem colorida mostra máscara obrigatória em aviões e aeroportos - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida mostra máscara obrigatória em aviões e aeroportos - Metrópoles - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

Um projeto de lei com o objetivo de revogar duas leis vigentes que ainda obrigam o uso de máscaras por trabalhadores em contato direto com o público enfrenta dificuldade de ser votado no plenário da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF). Apresentada pelo líder do GDF na Casa, deputado distrital Hermeto (MDB), a proposição foi comentada por duas semanas seguidas nas sessões, mas não chegou a ser analisado.

O texto do PL nº 2.567/2022 é simples: ficam revogadas as leis nº 6.559, de 23 de abril de 2020, e nº 6.571, de 7 de maio de 2020, a partir da data de publicação.

12 imagens
Imunossuprimidos: o grupo considera, por exemplo, pessoas com câncer, HIV, transplantados e outros com o sistema imune fragilizado, o que deixa o paciente mais suscetível a infecções
Além de continuarem usando máscaras, é essencial que os imunossuprimidos mantenham o calendário vacinal atualizado, sempre que possível
Pessoas com comorbidades: este grupo ainda será obrigado a utilizar o equipamento de proteção, uma vez que é considerado um dos mais vulneráveis, segundo a Prefeitura do RJ
As comorbidades são condições que podem aumentar a chance do desenvolvimento da versão mais grave da doença. O recomendado é que cada caso seja avaliado particularmente por um médico
Idosos: somado ao envelhecimento do sistema imunológico, grande parte do grupo recebeu a vacina Coronavac, que possui uma eficácia menor se comparada com outras. Tendo em vista a resposta imunológica dessas pessoas, a recomendação é que mantenham o uso da máscara e evitem aglomerações
1 de 12

A Prefeitura do Rio de Janeiro foi a primeira a anunciar o fim do uso obrigatório das máscaras contra a Covid. Contudo, para alguns grupos de risco, o uso da máscara ainda é altamente indicado

Getty Images
2 de 12

Imunossuprimidos: o grupo considera, por exemplo, pessoas com câncer, HIV, transplantados e outros com o sistema imune fragilizado, o que deixa o paciente mais suscetível a infecções

Getty Images
3 de 12

Além de continuarem usando máscaras, é essencial que os imunossuprimidos mantenham o calendário vacinal atualizado, sempre que possível

Getty Images
4 de 12

Pessoas com comorbidades: este grupo ainda será obrigado a utilizar o equipamento de proteção, uma vez que é considerado um dos mais vulneráveis, segundo a Prefeitura do RJ

Getty Images
5 de 12

As comorbidades são condições que podem aumentar a chance do desenvolvimento da versão mais grave da doença. O recomendado é que cada caso seja avaliado particularmente por um médico

Getty Images
6 de 12

Idosos: somado ao envelhecimento do sistema imunológico, grande parte do grupo recebeu a vacina Coronavac, que possui uma eficácia menor se comparada com outras. Tendo em vista a resposta imunológica dessas pessoas, a recomendação é que mantenham o uso da máscara e evitem aglomerações

Getty Images
7 de 12

Não vacinados: inclui quem não recebeu nenhuma dose, apenas 1 aplicação ou está sem a dose de reforço, pois estão mais vulneráveis ao vírus

Getty Images
8 de 12

Crianças: assim como os outros grupos, os pequenos também são vulneráveis por não estarem com a cobertura vacinal completa. Porém, não foram incluídos no grupo que deve manter o uso obrigatório da máscara

9 de 12

Segundo as diretrizes da ONU, adolescentes com 12 anos ou mais devem seguir as mesmas recomendações da OMS para uso de máscara em adultos

Getty Images
10 de 12

Em relação às crianças menores de cinco anos, elas não precisam usar o item. Para os especialistas, nessa faixa etária, elas podem não conseguir usar uma máscara adequadamente sem ajuda ou supervisão

Getty Images
11 de 12

Em áreas onde a Covid-19 está se espalhando, recomenda-se que crianças de 6 a 11 anos usem uma máscara bem ajustada em ambientes pouco ventilados e sem distanciamento social

Getty Images
12 de 12

Profissionais de saúde e outros: grupos que estão expostos a uma grande circulação de pessoas durante o dia de trabalho, como caixas de supermercado, cobradores de ônibus e profissionais que trabalham em hospitais, devem continuar usando a proteção, mesmo que não seja obrigatório

Getty Images

A primeira é de autoria do deputado Chico Vigilante (PT) e obriga o uso e fornecimento de máscaras em estabelecimentos públicos, industriais, comerciais, bancários, rodoviários, metroviários e de transporte de passageiros. O texto destaca a necessidade do uso para os funcionários que lidam diretamente com a população.

A segunda norma foi proposta por João Cardoso (Avante). Ela institui o uso de máscaras de proteção e álcool em gel por motoristas e cobradores de ônibus, motoristas de táxi e de transporte por aplicativo.

Tentativas de votação

O projeto de lei ainda não passou por todas as comissões necessárias, mas a base governista na CLDF tentou fazer com que ele fosse aprovado por duas vezes em abril. A manobra é permitida e comum: basta que todos os pareceres sejam aprovados em plenário.

Na sessão ordinária do dia 12, o deputado Hermeto pediu que o assunto fosse tratado. Rodrigo Delmasso (Republicanos) chegou a relatar pela Comissão de Educação, Saúde e Cultura (Cesec), mas Chico Vigilante e Fábio Felix (Psol) declararam que obstruiriam a votação. Sem quórum, não houve andamento.

Durante sessão do dia 19, foi a vez do vice-líder do governo, Robério Negreiros (PSD), propor a votação. Já que o autor do projeto não estava presente, a discussão ficou para o fim da pauta. Como não houve mais quórum, o assunto não foi retomado.

Pandemia não acabou

Autor de uma das leis que podem ser revogadas, Chico Vigilante diz que é contrário ao PL proposto. “Eu vou continuar resistindo. Se nós tivemos zero mortes no DF pela Covid-19 na quinta, é por causa da manutenção das precauções”, defende.

Segundo ele, não é hora de retirar a obrigatoriedade das máscaras. “Nós [da oposição] vamos lutar para que essa lei não passe”, reforça.

A reportagem tentou contato com os deputados Hermeto e João Cardoso, mas não obteve resposta até a publicação da reportagem. O espaço permanece aberto para eventuais manifestações.

Quer ficar ligado em tudo o que rola no quadradinho? Siga o perfil do Metrópoles DF no Instagram.

Quer receber notícias do DF direto no seu Telegram? Entre no canal do Metrópoles: https://t.me/metropolesdf

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comDistrito Federal

Você quer ficar por dentro das notícias do Distrito Federal e receber notificações em tempo real?