Leilão de Secretaria de Economia com 32 mil lances atinge R$ 3,2 mi
A previsão era de R$ 1 milhão para os mais de 200 lotes de carros, móveis e materiais hospitalares. Lojas de ferro-velho foram protagonistas
atualizado
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Quando a leiloeira oficial bateu seu martelo virtual no último dos 212 lotes do leilão de “bens inservíveis” do Governo do Distrito Federal, pouco antes do almoço desta quarta-feira (3/3), a soma dos lances vencedores passou dos R$ 3,25 milhões. Um valor bastante considerável por bens avaliados em R$ 375 mil. Responsável pelo leilão, a Secretaria de Economia do DF (SEEC) esperava arrecadar em torno de R$ 1 milhão, como tinha sido em 2020.
Na avaliação da leiloeira Moacira Goedert, houve muito mais participantes e bastante disputa em torno de todos os lotes oferecidos. Alguns itens registraram mais de mil lances, cada vez mais altos, no decorrer do leilão realizado inteiramente on-line. No total, foram 32.464 lances e cerca de 144 mil conexões de interessados.
As lojas de ferro-velho protagonizaram as maiores disputas, e fizeram os preços decolarem muito mais do que o previsto. Lotes de móveis, de informática, de aparelhos de ar-condicionado ou de televisões saíram de lances iniciais de poucas centenas de reais para ultrapassar R$ 100 mil (veja os detalhes na galeria).
Todos os carros foram vendidos também por preços muito além das avaliações iniciais. Os GM Blazer mudaram de dono com ofertas entre R$ 12 e R$ 18 mil, dependendo do estado; e os Nissan X Terra terão novos proprietários, após ofertas que variam de R$ 18 e R$ 23 mil.
Disputadíssimos também foram os veículos profissionais. Havia quatro caminhões basculantes, todos com mais de 30 anos de uso, que foram arrematados por até R$ 42 mil. Esse mesmo preço foi atingido por um mini-ônibus Iveco.
Veja:
Quem perdeu a chance de batalhar em leilão pela internet vai ter nova oportunidade: o leilão da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Suspenso na última segunda-feira (1/3), ele foi reagendado para a próxima segunda (8/3). Desta vez, será totalmente on-line, em virtude das restrições às aglomerações decididas no último fim de semana, quando o DF entrou em lockdown para todas as atividades consideradas não essenciais.