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Leia a carta ensanguentada escrita por Lázaro Barbosa antes de morrer

Investigadores acreditam que ele pode ter se referido à chacina na chácara da família Vidal, em Ceilândia, onde quatro pessoas foram mortas

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1 de 1 carta - Foto: Reprodução

Em um dos bolsos do casaco usado pelo psicopata Lázaro Barbosa, 32 anos, policiais que integravam a força-tarefa criada para prendê-lo encontraram uma carta. Em uma folha pautada de caderno escolar, o maníaco descreveu cenas de um crime no qual uma pessoa reagiu.

Investigadores acreditam que ele pode ter se referido à chacina na chácara da família Vidal, em Ceilândia, onde quatro pessoas foram executadas friamente pelo criminoso. Lázaro foi morto por forças de segurança de Goiás depois de 20 dias de perseguição, em 28 de junho. O estuprador e homicida passou 20 dias escapando do cerco policial.

Na carta escrita com caneta azul, o maníaco relata o que teria motivado os assassinatos. “O cara tava armado e, antes de eu conseguir enquadrar a vítima, ainda conseguiu avisar uma pessoa, que quando eu vi já foi só os tiros (sic)”, escreveu.

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Na mesma folha de caderno, Lázaro ainda diz que precisa recarregar a arma de fogo. A polícia goiana apura quem seria o destinatário do pedido de ajuda. “Já tive dois confrontos […]. Tô zerado de munição”, escreveu ele. Em seguida, ofereceu dinheiro pelo apoio: “Pra pegar pra mim, eu vou te adiantar 500 reais” .

A carta estava no bolso do casaco que Lázaro vestia quando foi encontrado. Em outro compartimento ele guardava R$ 4,4 mil em dinheiro, que os investigadores tentam identificar quem poderia ter entregado a quantia.

Terror

Como o Metrópoles mostrou, Lázaro Barbosa observou, durante dias, uma mulher que seria estuprada logo após um assalto a uma chácara, na região do Sol Nascente. O criminoso violentou a vítima no mesmo dia em que ela comemorava aniversário, em 26 de abril deste ano.

O estupro foi o desfecho de um roubo a residência cometido por ele na chácara onde a vítima morava com o marido e filho. A presença do psicopata foi notada pelos cachorros da propriedade, que alertaram sobre o estranho no terreno. A mulher estava deitada no quarto quando se levantou para checar o motivo da inquietação dos cães. Lázaro apareceu na janela, empunhando uma arma e ordenando que ela abrisse a porta.

A vítima correu pra sala, onde estava o filho e o marido, mas já era tarde. O criminoso já havia arrombado a porta e obrigado os reféns a acompanhá-lo enquanto revistava cada cômodo. Lázaro usava máscara e óculos escuros durante o roubo, para dificultar a identificação. Após vasculhar toda a casa, ele trancou o marido e o filho da mulher e ordenou que ela o acompanhasse.

Sob a mira de um revólver, Lázaro obrigou a vítima a caminhar durante cinco minutos para dentro de um matagal. Em seguida, ordenou que a mulher tirasse o vestido e forrasse o chão com a peça de roupa. Em seu depoimento, ela afirmou que o maníaco demorou a ejacular e chegou a dizer que não sabia por que aquilo estava acontecendo, pois a achava “muito gostosa”.

Enquanto estuprava a vítima, Lázaro chegou a abaixar a máscara. O psicopata passava a arma pelos seios, rosto e partes íntimas da vítima. O autor da chacina que tirou a vida de quatro pessoas da mesma família aparentava estar transtornado e dizia que frequentava a igreja, que tocava guitarra e baixo, mas que teria ficado “louco”.

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