Laudo que aponta detalhes sobre tragédia da L4 Sul fica pronto
A suspeita é de que dois carros participavam de um racha e provocaram o acidente que matou mãe e filho na noite de 30 de abril deste ano
atualizado
Compartilhar notícia
O Instituto de Criminalística (IC) da Polícia Civil concluiu o laudo sobre a tragédia ocorrida na L4 Sul, na qual mãe e filho perderam a vida após um brutal acidente de trânsito, na noite de 30 de abril deste ano. A suspeita é de que dois carros participavam de um racha e provocaram a colisão. O exame já foi entregue à 1ª Delegacia de Polícia (Asa Sul). O delegado que cuida do caso espera relatar o inquérito nas próximas duas semanas.
O laudo tem um peso importante para mensurar o dolo eventual – quando o autor assume o risco – envolvendo o advogado Eraldo José Cavalcante Pereira, motorista do Jetta que provocou o acidente. Ricardo Clemente Cayres, 46 anos, e sua mãe, Cleuza Maria Cayres, 69, morreram na hora. Outros dois passageiros que estavam no banco da frente, pai e genro de Ricardo, sobreviveram.
De acordo com informações apuradas pelo Metrópoles, o laudo não conseguiu definir a dinâmica exata do acidente, já que um dos veículos deixou a cena do crime antes da chegada dos peritos. O carro que saiu do local era uma Range Rover Evoque, conduzida pelo sargento do Corpo de Bombeiros Noé Albuquerque Oliveira.Os peritos conseguiram definir a velocidade aproximada do carro guiado pelo advogado no momento do choque, mas a informação não foi divulgada. A batida foi tão forte que o Ford Fiesta em que mãe e filho estavam colidiu em uma árvore e capotou.
A tragédia
O acidente ocorreu por volta das 19h30 de domingo (30/4). Testemunhas afirmam que o Evoque de Noé e o Jetta de Eraldo estavam emparelhados, em alta velocidade, na via.
Segundo Eraldo, ele teria perdido o controle do Jetta e atingido o Fiesta, onde estavam quatro pessoas da mesma família. A força foi tanta que o carro das vítimas capotou. A traseira do veículo ficou completamente destruída. Era ali, no banco de trás, devidamente presos ao cinto de segurança, que estavam Ricardo e sua mãe, Cleuza. Para eles, não houve tempo de socorro, morreram após o impacto.
Eraldo e Noé saíam de uma festa às margens do Lago Paranoá quando se envolveram no acidente. Assumiram ter bebido “uma latinha de cerveja”. Eles, porém, se recusaram a fazer o teste do bafômetro.