Laudo confirma que Lázaro é autor de estupro cometido em abril de 2021
Delegada-chefe da Deam 2, Adriana Romana explicou questão do DNA envolvendo as amostras coletadas de Lázaro Barbosa e encontradas na vítima
atualizado
Compartilhar notícia
Resultado do exame genético feito pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) confirmou que o psicopata Lázaro Barbosa de Sousa, 32 anos, foi o autor do estupro de uma jovem, no Setor Habitacional Sol Nascente, no dia do aniversário dela. O laudo ficou pronto nesta sexta-feira (2/7).
Ao Metrópoles a delegada-chefe da Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam 2), em Ceilândia, comentou o caso. “Tivemos a confirmação de que Lázaro foi o autor também desse crime, assim como o da família Vidal, brutalmente assassinada no dia 9 de junho”, comentou Romana.
“Chegamos à conclusão através de provas objetivas. As impressões digitais de Lázaro foram encontradas no local, através do Instituto de Identificação (II), e também através do material genético. Nós tínhamos o material genético dele no Instituto de Pesquisa e DNA Forense (IPDNA), por um crime que ele havia sido condenado em 2009, e confrontamos com o material encontrado na atual vítima. Com isso, foi possível confirmar com 100% de certeza que Lázaro Barbosa é o autor do estupro violento no Sol Nascente, em abril deste ano”, acrescentou.
Assista ao vídeo com a explicação da delegada:
Terror
Lázaro Barbosa, morto por forças de segurança de Goiás depois de 20 dias de perseguição, na última segunda-feira (28/6), observou, durante dias, uma mulher que seria estuprada logo após um assalto a uma chácara, na região do Sol Nascente. O criminoso violentou a vítima no mesmo dia em que ela comemorava aniversário, em 26 de abril deste ano.
O estupro foi o desfecho de um roubo a residência cometido por Lázaro, na chácara onde a vítima morava com o marido e filho. A presença do psicopata foi notada pelos cachorros da propriedade, que alertaram sobre o estranho no terreno. A mulher estava deitada no quarto quando se levantou para checar o motivo da inquietação dos cães. Lázaro apareceu na janela, empunhando uma arma e ordenando que ela abrisse a porta.
A vítima correu pra sala, onde estava o filho e o marido, mas já era tarde. O criminoso já havia arrombado a porta e obrigado os reféns a acompanhá-lo enquanto revistava cada cômodo. Lázaro usava máscara e óculos escuros durante o roubo, para dificultar a identificação. Após vasculhar toda a casa, ele trancou o marido e o filho da mulher e ordenou que ela o acompanhasse.
Sob a mira de um revólver, Lázaro obrigou a vítima a caminhar durante cinco minutos para dentro de um matagal. Em seguida, ordenou que a mulher tirasse o vestido e forrasse o chão com a peça de roupa. Em seu depoimento, ela afirmou que o maníaco demorou a ejacular e chegou a dizer que não sabia por que aquilo estava acontecendo, pois a achava “muito gostosa”.
Enquanto estuprava a vítima, Lázaro chegou a abaixar a máscara. O psicopata passava a arma pelos seios, rosto e partes íntimas da vítima. O autor da chacina que tirou a vida de quatro pessoas da mesma família aparentava estar transtornado e dizia que frequentava a igreja, que tocava guitarra e baixo, mas que teria ficado “louco”.
Segundo relatos da vítima, a permanência de Lázaro na residência durou cerca de uma hora, e a violência sexual, cerca de 40 minutos. A mulher disse que o autor utilizou seu vestido para limpar as partes íntimas dela e dele. Diante dessa informação, as vestes da vítima foram apreendidas.
39 tiros
Laudo preliminar feito pelo IML de Goiânia mostra que o serial killer morreu ao ser atingido por 39 disparos, depois de trocar tiros com integrantes da força-tarefa num matagal nas imediações da casa onde sua ex-esposa mora com a mãe, em Águas Lindas de Goiás (GO), no Entorno do DF.
Por volta das 15h dessa quinta-feira (1º/7), o corpo de Lázaro Barbosa, foi entregue por uma funerária do Distrito Federal em um cemitério em Goiás, no Entorno, para ser sepultado pela família, em cerimônia restrita. O carro da funerária chegou ao local escoltado por uma viatura da Polícia Militar de Goiás (PMGO).
A cerimônia de despedida do criminoso que aterrorizou áreas rurais do DF e de Goiás ocorreu rapidamente e de maneira simples. Ao todo, 9 pessoas participaram do rito.
O velório aconteceu por cerca de 30 minutos, por causa das restrições impostas pela pandemia do novo coronavírus. Com a chegada do corpo, houve comoção. Familiares choraram e lamentaram a perda.