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Kriptacoin: PCDF apreende Ferrari de R$ 1,3 milhão em Goiânia

Carro de luxo era usado para impressionar e atrair futuros investidores da moeda virtual. A polícia também apreendeu uma Porsche Cayenne

atualizado

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ferrari, kriptacoin
1 de 1 ferrari, kriptacoin - Foto: Daniel Ferreira/Metrópoles

Uma Ferrari 458 Itália avaliada em R$ 1,3 milhão foi apreendida nesta sexta-feira (29/9) pela Polícia Civil do DF. O carro estava em uma concessionária de Goiânia anunciado para venda. O veículo de luxo era usado pelos irmãos Weverton Marinho e Welbert Richard, presos na Operação Patrick, para promover a marca da moeda digital Kriptacoin.

O dono da concessionária prestou depoimento aos policiais e concordou em entregar o automóvel. A Ferrari chegou ao Departamento de Polícia Especializada (DPE) por volta das 16h, em um caminhão. A polícia também apreendeu uma Porsche Cayenne turbo 0km, avaliada em R$ 700 mil. O veículo, que estava em uma oficina do DF, foi encontrado na quinta-feira (28).

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A polícia também apreendeu uma Porsche Cayenne turbo 0km, avaliada em R$ 700 mil. O veículo estava em uma oficina

 

Em um vídeo divulgado nas redes sociais, Hildegarde Melo (veja abaixo), que atuava como motorista de um aplicativo antes de entrar no negócio e acabou preso, mostra a Ferrari de Weverton, que foi apreendida nesta sexta. Os estelionatários não pagavam o IPVA do automóvel. O débito chega a R$ 34 mil.

 

Os irmãos Marinho viviam rodeados por carros importados, roupas de marcas famosas e joias caras. A boa apresentação fazia parte do papel de homens bem-sucedidos. O objetivo era impressionar e chamar atenção para o que os “financiadores” poderiam conseguir se investissem na empresa deles.

Audi R8, Porsche Panamera, Ferrari 458 Italia, jatinho particular e um helicóptero integravam o arsenal montado pelo grupo. Parte dos carros ficava em Goiânia, onde os encontros com os diretores da empresa eram realizados.

As buscas da polícia continuam. Os investigadores seguem tentando localizar outros automóveis da organização criminosa. Os veículos apreendidos, assim como dinheiro, joias e imóveis, poderão ser usados para ressarcir as vítimas do esquema. Investidores já acionaram a Justiça para reaver o dinheiro aplicado na moeda falsa.

“Ferrari, Ferrari, Ferrari”

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Weverton Marinho também exibia a Ferrari
Presos tinham vida de ostentação
Veículos serão leiloados para ressarcir vítimas do esquema
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Welbert Richard posa ao lado da Ferrari

Arquivo pessoal
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Weverton Marinho também exibia a Ferrari

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Presos tinham vida de ostentação

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Veículos serão leiloados para ressarcir vítimas do esquema

Arquivo pessoal

Metrópoles apurou, entretanto, que os veículos estão em nome de terceiros e de concessionárias.  A operação desencadeada na última semana pela Coordenação de Repressão aos Crimes contra o Consumidor e Fraudes (Corf), em parceria com a Promotoria de Justiça de Defesa dos Direitos do Consumidor (Prodecon), também colocou em alerta donos de concessionárias que fizeram negócios com o grupo preso.

Alguns empresários chegaram a enviar representantes a Brasília para tentar localizar os veículos que ainda estavam sendo pagos pelos irmãos. Entre eles, uma Ferrari F430 Spider e uma Porsche Cayenne — a mesma apreendida na quinta (28).

O esquema
Os suspeitos criaram a moeda virtual no fim de 2016 e, a partir de janeiro deste ano, passaram a convencer investidores a aplicar dinheiro na Kriptacoin. Segundo a polícia, a organização criminosa atuava por meio de laranjas, com nomes e documentos falsos.

O negócio, que funciona em esquema de pirâmide, visava apenas a encher o bolso dos investigados, alguns com diversas passagens pela polícia por uma série de crimes. Entre eles, o de estelionato. A Kriptacoin, segundo a Polícia Civil e o Ministério Público, movimentou mais de R$ 250 milhões do começo do ano até agora. A fraude pode ter causado prejuízo a 40 mil investidores, muitos deles de fora do Distrito Federal.

Durante a operação, os investigadores apreenderam oito carros de luxo, que eram exibidos pelos integrantes do esquema, além de grande quantia em dinheiro, que estava em uma academia de Vicente Pires. Os bens deverão ser usados para ressarcir os investidores.

O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) apresentou, nesta quinta-feira (28/9), a denúncia contra os presos na Operação Patrick. A lista enviada à Justiça tem 16 nomes. Além dos 13 indiciados pela Polícia Civil por organização criminosa, falsificação de documentos e criação de pirâmide financeira; a relação inclui dois advogados, denunciados por obstrução da Justiça, e um primo dos irmãos Marinho, acusado de lavagem de dinheiro.

Segundo o Metrópoles apurou, os advogados são João Paulo Todde e Érico Rodolfo Abreu de Oliveira. No entendimento dos promotores do MPDFT, os dois atuaram para obstruir a Justiça. Ao entrar na mira dos investigadores, eles deixaram a defesa dos homens apontados como líderes da organização criminosa que agia usando a moeda virtual Kriptacoin para captar dinheiro.

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