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Kriptacoin: Fernando Ewerton acumula ocorrências policiais

Passagens incluem lesão corporal e injúria, entre outras. Este ano destruiu uma Ferrari em acidente e se recusou a fazer teste do bafômetro

atualizado

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1 de 1 fernando - Foto: arquivo pessoal

O desmantelamento da organização que criou a Kriptacoin revelou como estelionatários usaram a moeda virtual para lesar milhares de investidores do país. Entre os suspeitos, alguns acumulam diversas passagens pela polícia, como Fernando Ewerton Cezar da Silva, 30 anos.

Herdeiro de uma grande concessionária de veículos do Distrito Federal, Fernando, que se apresentava como correspondente da Kriptacoin, é figura carimbada nas noites da capital. Conhecido por ostentar — costuma dirigir carros importados pela cidade — Fernando tem vários registros na polícia. As passagens são de lesão corporal, infrações no trânsito, acidente com vítima, danos a bem particular e injúria. O último acidente ocorreu em maio deste ano.

O jovem estava com a namorada em uma Ferrari vermelha, no Lago Sul. O carro de luxo ficou completamente destruído depois de bater em outro veículo onde estavam mãe e filha de um ano e sete meses. Testemunhas contaram à Polícia Militar que o motorista da Ferrari estava em alta velocidade. O velocímetro do automóvel estaria marcando 120km/h. Ele negou.

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Motorista diz que estava a 80km/h
Carro onde estavam mãe e filha capotou
Acidente ocorreu na Estrada Parque Dom Bosco
Estado da Ferrari chamou atenção de motoristas
Carro que se envolveu no acidente custou R$ 900 mil
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Fernando tem histórico de problemas com a polícia

Arquivo pessoal
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Motorista diz que estava a 80km/h

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Carro onde estavam mãe e filha capotou

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Acidente ocorreu na Estrada Parque Dom Bosco

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Estado da Ferrari chamou atenção de motoristas

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Carro que se envolveu no acidente custou R$ 900 mil

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De acordo com informações da Polícia Militar, Fernando se recusou a fazer o teste do bafômetro e foi conduzido para a 1ª Delegacia de Polícia. A reportagem apurou que a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) de Fernando está suspensa devido a infrações cometidas em 2010, 2011 e 2012. Todas por alcoolemia ao volante. Por lei, só poderia dirigir após regularizar a situação junto o Departamento de Trânsito do Distrito Federal (Detran).

Em 2007, Fernando e o irmão Felipe foram acusados de espancar, usando uma barra de ferro, um casal de turistas que estava em uma festa no Lago Sul. O caso também foi parar na polícia.

Ostentação
Em um vídeo que circulou no WhatsApp, Fernando aparece com Weverton Viana Marinho, 34 anos comemorando a compra da segunda Ferrari pelo grupo. Weverton e o irmão Welbert Richard Viana Marinho, 37, são sócios e diretores da empresa Wall Street Corporate, criadora da moeda digital Kriptacoin.

Veja o vídeo:

 

Moeda virtual
Fernando, Weverton e Welbert estão entre os presos na manhã desta quinta-feira (21) pela Operação Patrick, deflagrada pela Coordenação de Repressão aos Crimes contra o Consumidor e Fraudes (Corf), em conjunto com a Promotoria de Justiça de Defesa dos Direitos do Consumidor (Prodecon).

Os crimes investigados são: lavagem de dinheiro, organização criminosa, falsificação de documentos e criação de pirâmide financeira. Segundo a polícia e o MP, o grupo movimentou R$ 250 milhões. Cerca de 40 mil pessoas teriam investido na moeda e podem ter sido lesadas.

Delegados, promotores e agentes de polícia cumpriram 13 mandados de prisão preventiva e de 18 de busca e apreensão no Distrito Federal, em Águas Lindas de Goiás e em Goiânia.  A 8ª Vara Criminal de Brasília também autorizou a quebra de sigilo bancário, das redes sociais e o bloqueio de bens dos envolvidos.

Os suspeitos criaram a moeda virtual no fim de 2016 e, a partir de janeiro deste ano, passaram a convencer investidores a aplicar dinheiro na Kriptacoin. A organização criminosa atuava por meio de laranjas, com nomes e documentos falsos.

O advogado da empresa responsável pela Kriptacoin, João Paulo Todde, disse que as prisões são descabidas. “Uma operação show”, disse o defensor. Todde ressaltou ainda que não teve acesso ao inquérito, “mas sabe que não tem nada que comprove a lavagem de dinheiro, falsificação de documento ou pirâmide financeira”.

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