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Kim Kataguiri processa professor e pede R$ 52 mil após ser chamado de “neonazi”

Professor foi processado após comentar post de Kim sobre falecimento de Rita Lee: “Ela era feminista, viu, deputado neonazi?”

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O deputado federal Kim Kataguiri (UNIÃO-SP) discursa na tribuna da Câmara dos Deputados, diante de microfone - Metrópoles
1 de 1 O deputado federal Kim Kataguiri (UNIÃO-SP) discursa na tribuna da Câmara dos Deputados, diante de microfone - Metrópoles - Foto: Elaine Menke/Câmara do Deputados

O deputado federal Kim Kataguiri (União-SP) processou um professor do Distrito Federal e pediu uma indenização de R$ 52,8 mil após ser chamado de “neonazi”. O processo por danos morais está no Tribunal de Justiça do DF e Territórios (TJDFT), que marcou uma audiência de conciliação para 21 de julho.

Na petição, a defesa de Kim anexou o print de uma postagem do deputado no Twitter, em que o parlamentar lamenta o falecimento da cantora Rita Lee. O professor, Glauco Silva, respondeu: “Ela era feminista, viu, deputado neonazi?”.

Segundo os advogados do deputado, o comentário foi “vil e desprezível”, e representou uma “evidente extrapolação dos limites de expressão”. Outras críticas do pedagogo foram anexadas ao processo, com Glauco criticando também o Movimento Brasil Livre (MBL).

Kim Kataguiri processa professor e pede R$ 52 mil após ser chamado de "neonazi"
Kim Kataguiri processa professor e pede R$ 52 mil após ser chamado de “neonazi”

O deputado começou a ser associado ao nazismo desde que participou de um podcast com Bruno Aiub, conhecido como Monark. Na conversa, Bruno defendeu a existência de um partido nazista no Brasil, e Kim chegou a dizer que considera que a Alemanha errou ao criminalizar o movimento.

Após a repercussão negativa, o deputado se desculpou e reconheceu que errou. “Eu disse algo que ofende a comunidade judaica, que faz com que ela se sinta ameaçada. Eu errei e a comunidade judaica tem razão de me criticar por eu ter dito esse absurdo”, disse, à época.

Ao Metrópoles o professor processado disse que as críticas ao parlamentar começaram após a entrevista. “Eles defenderam a legalizaçāo do partido nazista com a desculpa de que só liberando essa ideologia é que era possivel combatê-la. Todos sabemos que o nazismo é uma ideologia racista e supremacista. No Brasil, racismo é crime e apologia ao nazismo também.”

Glauco também diz que não esperava ser processado “por um deputado que vive dizendo que a liberdade de expressão é ilimitada”. “Ele me acusa de calúnia e difamação, mas eu sou um professor de Brasília, como posso caluniá-lo se ele mora em São Paulo e lá ninguém me conhece? Achei desproporcional a acusação”, avalia.

Em nota, Kim afirma que “o nazismo é uma ideologia totalitária” e, como ele é “notadamente liberal”, é também “avesso a qualquer tipo de ideologia totalitária”. “Não há nenhuma desproporcionalidade em mover um processo judicial. Trata-se de uma forma legítima e institucional de resolução de conflitos. O Poder Judiciário observará todas as garantias processuais das partes e permitirá que haja ampla defesa e contraditório.”

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