Keka Bagno, Leandro Grass e Rafael Parente participam de debate na UnB
Evento ocorreu na Universidade de Brasília nesta quarta (10). Candidatos ao GDF apresentaram propostas para saúde, educação e mobilidade
atualizado
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Nesta quarta-feira (10/8), a Universidade de Brasília (UnB) realizou uma sabatina com os candidatos ao Governo do Distrito Federal. O evento contou com a participação de três dos 10 candidatos ao Palácio do Buriti. Keka Bagno (PSol), Leandro Grass (PV) e Rafael Parente (PSB) estiveram presentes.
O evento contou com dois mediadores que dirigiram perguntas ao candidatos. Foram realizados cinco blocos e a ordem de resposta foi sorteada previamente. No primeiro, a pergunta foi “quais são os maiores problemas públicos do DF e quais as soluções?”. Cada candidato teve cinco minutos para responder.
Keka foi a primeira. Ela destacou a fome e a educação como um dos principais problemas e apresentou o projeto da federação PSol/Rede. “Quando temos um cenário de creche com 25 mil pessoas na fila de espera quem sofre são as mulheres. Nossa campanha traz educação, saúde e assistência para enfrentarmos os problemas”.
Rafael Parente respondeu em seguida e afirmou que “temos 1,1 milhão em situação de insegurança alimentar. É um problema gravíssimo que não podemos aceitar”. “Precisa ser nossa prioridade acabar com o Iges e fazer uma reorganização do sistema da saúde”, ressaltou
O último a responder foi Grass. Ele defendeu que os problemas precisam ser pensados de forma integrada. “A grande marca que a gente tem é a desigualdade. Temos desigualdade no acesso à educação, renda, acesso à saúde, ao transporte. Portanto, não existe a pasta que vai resolver sozinha os problemas. Temos que trabalhar isso de maneira mais ampla e erradicar a extrema pobreza no DF.”
Segundo bloco
Durante o segundo bloco, cada candidato teve, também cinco minutos para responder. Porém, cada um foi questionado com um tema específico.
Para Parente, o tema abordado foi a insegurança alimentar e a relação com os Centros de Referência de Assistência Social (CRAS). O candidato do PSB explicou que o maior problema é o alcance das atuais políticas públicas. “Para a população que é 100% miserável é renda básica e ponto final”. Para aqueles que estão desempregados ou em busca, ele propõe uma bolsa de R$ 500 para profissionalização. “Para que elas possam se reinserir no mercado de trabalho”.
Para Keka, os mediadores a questionaram sobre a conduta em relação ao fomento e financiamento de pesquisas científicas. “Quando a gente traz a necessidade de ter trabalhadores e especialistas à frente das pastas é para que tenhamos um fomento contínuo”, disse.
Para Grass, a pergunta abordou a mobilidade urbana. O candidato do PV destacou que, atualmente, o transporte público ressalta a desigualdade. “Propomos a revolução da mobilidade urbana do DF. Mexer na gestão e intensificar a fiscalização”.
Terceiro bloco
O terceiro bloco seguiu o modelo apresentado nos anteriores. O primeiro a responder foi Leandro Grass. Ele foi questionado sobre a falta de dados do sistema público de saúde e o que pode ser feito para resolver os problemas enfrentados pela população. “Ampliação da rede de atenção primária é o primeiro ponto. E, sobre o Iges, extingui-lo, mas com cuidado”, disse.
Em seguida, Rafael Parente foi perguntado sobre mais oportunidades para os profissionais dos gestores de políticas públicas. “É por isso que não temos políticas públicas efetivas. Temos profissionais, mas o governo simplesmente despreza o corpo técnico que temos aqui”.
Por fim, Keka respondeu sobre as propostas para as pessoas em situação de rua no DF. “Hoje, não temos acolhimentos institucionais nas regiões de maior densidade das pessoas em situação de rua. A argumentação do Ibaneis é que no DF não há favela e pessoas em situação de rua. A primeira coisa que vamos fazer é, eu não vou nomear minha esposa como secretária. A gente precisa ter especialistas em cima da pasta”.
Finalizações
Nos últimos dois blocos, os candidatos tiveram três e dois minutos, respectivamente, para responderem aos questionamentos, que, dessa vez, foram feitos pelos estudantes presentes no auditório e por internautas. Foram abordados temas como mercado cultural no DF, educação e mobilidade dentro da UnB.
Por fim, os candidatos tiveram dois minutos cada para realizarem as considerações finais. Todos parabenizaram o evento e apresentaram, de forma geral, as diretrizes de cada governo.