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Justiça solta PM e sargento do Exército acusados de estupro coletivo

A informação foi repassada por um dos advogados do PM. Crime teria ocorrido em 9 de outubro de 2021, em uma festa em Águas Lindas de Goiás

atualizado

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O subtenente da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) Irineu Marques Dias e o sargento do exército Thiago de Castro Muniz, ambos acusados de participar de um estupro coletivo de uma jovem de 25 anos em Águas Lindas de Goiás, foram soltos após decisão da Justiça de Goiás. A informação foi repassada ao Metrópoles por um dos advogados do PM, Aldênio de Souza, e confirmada pelo Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO).

Os dois foram denunciados pelo Ministério Público de Goiás (MPGO) por supostamente terem cometido o crime em 9 de outubro do ano passado. Eles ficaram 101 detidos no presídio militar de Goiânia (GO).

A decisão saiu na noite de terça-feira (18/1) e ambos deixaram o presídio na manhã desta quarta (19/1). Segundo a defesa do PM, a jovem de 25 anos não compareceu à audiência de instrução, na última segunda-feira (17/1), quando testemunhas foram ouvidas sobre o caso. Conforme Aldênio, ela foi procurada pelo Judiciário, mas não atendeu as ligações, o que levou os advogados a entrarem com o pedido de revogação da prisão.

O Metrópoles tenta localizar a defesa da jovem. O espaço permanece aberto para eventual manifestação posterior.

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Vítima de estupro coletivo deu novo depoimento à polícia na Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher
Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher em Águas Lindas de Goiás (GO)
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Delegada Tamires Teixeira, responsável pelo caso de estupro coletivo cometido em Águas Lindas de Goiás

Fotos: Arthur Menescal/Especial Metrópoles
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Vítima de estupro coletivo deu novo depoimento à polícia na Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher

Foto Ilustrativa/ Arthur Menescal/Especial Metrópoles
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Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher em Águas Lindas de Goiás (GO)

Fotos: Arthur Menescal/Especial Metrópoles
O que diz o TJGO

Em nota enviada à reportagem, o TJGO informou que, “a respeito do caso do suposto estupro coletivo ocorrido em Águas Lindas, em outubro do ano passado, o processo tramita em segredo de justiça por imposição legal (artigo 234 do CP)”.

O Tribunal frisou que, na segunda-feira, houve uma audiência, na qual 11 pessoas foram ouvidas. “A suposta vítima, contudo, apesar de esforços empreendidos pela unidade judiciária, não foi localizada”. “Em processos que se investigam crimes contra a dignidade sexual, praticados, em regra, de modo clandestino, a oitiva das supostas vítimas é fundamental para  a resolução do caso”, diz o texto.

Ainda de acordo com a Justiça de Goiás, “a soltura de acusados durante o decorrer do processo não necessariamente está relacionada à crença de que os fatos narrados na denúncia não ocorreram, ou com eventual acatamento da tese de defesa de negativa de autoria, ou ausência de crime”.

“Em relação ao processo em que se investiga suposto crime de estupro coletivo ocorrido em Águas Lindas – GO, a instrução processual permanece em curso e nenhuma decisão sobre absolvição/condenação fora proferida”, conclui a nota.

Relembre o caso

De acordo com a denúncia do MPGO, a jovem de 25 anos participou de uma festa numa residência no Bairro Parque Barragem, em Águas Lindas, em 8 de outubro de 2021. Na manhã do dia seguinte, ela resolveu dormir em um dos quartos da casa, pois a festa, em princípio, terminaria somente no domingo (11/10).

Contudo, logo após ter se dirigido ao quarto, o policial Irineu Dias teria entrado no local e, conforme relato dela, colocado uma arma de fogo sobre a cama em que ela estava dormindo, a fim de intimidá-la. Em seguida, ela conta que ele retirou suas roupas e, conforme definido pela promotora de Justiça Renata Caroliny Ribeiro e Silva, autora da denúncia, iniciou uma “escala de revezamento” de estupros, supostamente praticados pelos denunciados e outros quatro homens ainda não identificados.

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