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Justiça revoga prisão de sargento do DF que matou PM de GO em briga

Jefferson José da Silva responde por homicídio qualificado. O crime ocorreu durante uma briga generalizada em um bar do Novo Gama

atualizado

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PM de GO morreu com tiro no peito. PM do DF alega legítima defesa
1 de 1 PM de GO morreu com tiro no peito. PM do DF alega legítima defesa - Foto: Reprodução

A Justiça do Estado de Goiás revogou a prisão preventiva do primeiro sargento da PM do Distrito Federal (PMDF) Jefferson José da Silva. Ele é acusado de matar o soldado da Polícia Militar de Goiás (PMGO) Diego Santos Purcina durante uma briga em um bar do Novo Gama, Entorno do Distrito Federal.

O caso ocorreu em fevereiro deste ano. Diego morreu após ser atingido por um único disparo no peito. Na data, Jefferson foi detido em flagrante. Na delegacia, o militar alegou legítima defesa.

Na sentença que decidiu pela soltura de Jefferson, o juiz Alexandre Siqueira entendeu que, como o inquérito foi encerrado, o sargento não fornece mais risco às investigações.

“Muito embora tenha havido a conversão da prisão em flagrante do requerente em preventiva em 03/03/2024, sob o fundamento de garantir a ordem pública e por conveniência da instrução criminal, verifica-se o acusado é primário, conforme demonstra a certidão de antecedentes criminais e possui residência fixa, não se podendo concluir, que é perigoso a ponto de não poder responder o presente processo em liberdade. Ademais, tem-se que já foi encerrada a marcha processual, de modo que todas as provas já foram devidamente produzidas e trazidas aos autos”, escreveu o magistrado.

Jefferson deverá cumprir medidas cautelares como: proibição de contato com qualquer testemunha do processo e familiares da vítima Diego Santos Purcina, diretamente ou por qualquer meio; proibição de se ausentar da Comarca sem prévia autorização judicial, por período superior a 30 dias; e manter o endereço atualizado nos autos.

O juiz definou que o sargento seja julgado por homicídio qualificado e será levado a um júri popular. Em nota, a defesa de Jefferson, comemorou a revogação da prisão, mas informou irá recorrer da decisão que o levou a um júri.

“A advogada acrescenta ainda que, muito embora lhe tenha sido concedido a liberdade, o juiz entendeu que ele deve ir a júri, e por não concordar com a decisão, neste ponto, a ela irá recorrer buscando o reconhecimento da legítima defesa”, diz o texto.

Relembre o caso

Câmeras de segurança do bar registraram o momento em que a briga generalizada começa. Durante o tumulto, o primeiro-sargento da PMDF Jefferson é visto disparando contra o policial de Goiás, o soldado Diego Santos Purcina, que cai logo em seguida. Nas imagens, também é possível ver uma arma na cintura da vítima. O policial do DF foi preso em flagrante por homicídio qualificado por motivo fútil.

A coluna Na Mira, do Metrópoles, apurou que a confusão começou quando uma mulher, supostamente embriagada, esbarrou em ocupantes da outra mesa, onde estava o militar do DF.

Em nota, a PMDF informou que “lamenta pelo o ocorrido e se solidariza com a PMGO e com todos os familiares”. A corporação acrescentou que vai apurar o fatos, dentro de suas atribuições.

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