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Justiça quebra sigilo do celular de mulher que atropelou idosos

Carro conduzido pela motorista, de 46 anos, estava a 140km/h quando matou o casal, há um mês, na altura da QL 10 do Lago Norte

atualizado

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casal, lago norte
1 de 1 casal, lago norte - Foto: Reprodução

A Justiça autorizou a quebra do sigilo de dados do celular de Luciana Pupe Vieira, 46 anos. Ela atropelou e matou o casal Evaldo Augusto da Silva, 75 anos, e Dulcinéia Rosalino da Silva, 70há um mês, na altura da QL 10 do Lago Norte. Também foi liberado o uso de material biológico (DNA) recolhido pela perícia no veículo dela.

Como a motorista está internada em estado grave em um hospital particular, os investigadores esbarravam em entraves judiciais para concluir o caso, pois ela não tem condições de autorizar que sejam feitas as análises.

De acordo com a delegada-chefe da 9ª Delegacia de Polícia (Lago Norte), Mônica Ferreira, a perícia no celular poderá determinar se Luciana estava usando o aparelho no momento do acidente. Segundo pareceres já divulgados, foi constatado que Luciana estava a 140km/h quando perdeu o controle do veículo, um Mitsubishi ASX, momentos antes da tragédia.

O resultado, entretanto, foi inconclusivo quanto aos motivos que causaram a perda da direção. Ou seja, sem análise do material biológico e das informações do celular, não é possível dizer se houve problemas mecânicos, se foi imprudência, imperícia ou se a condutora teve um mal súbito. As substâncias seriam importantes para identificar traços de alcoolemia, rastros de medicamentos ou qualquer substância psicoativa.

Segundo uma das linhas de apuração, Luciana, diabética, teria sofrido uma crise de hipoglicemia, desmaiado e perdido o controle do veículo.

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A motorista foi retirada do veículo pela equipe do Corpo de Bombeiros e transportada pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) ao Instituto Hospital de Base (IHBDF)
O carro ainda seguiu por alguns metros, depois de atingir o casal, e só parou após derrubar um poste
Luciana Pupe Vieira dirigia um Mitsubishi ASX, placa JFT 6345: condutora ficou presa às ferragens
Grande quantidade de pessoas no local, incluindo parentes das vítimas e peritos, auxiliou na identificação das causas e dinâmica da tragédia
Carro que atingiu casal parou no gramado central da via, a cerca de 300m do local do atropelamento
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Uma testemunha afirmou que o carro estava em alta velocidade. O velocímetro do Mitsubishi ficou travado em 120km/h

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A motorista foi retirada do veículo pela equipe do Corpo de Bombeiros e transportada pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) ao Instituto Hospital de Base (IHBDF)

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O carro ainda seguiu por alguns metros, depois de atingir o casal, e só parou após derrubar um poste

Pedro Alves/Metrópoles
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Luciana Pupe Vieira dirigia um Mitsubishi ASX, placa JFT 6345: condutora ficou presa às ferragens

Divulgação/Corpo de Bombeiros
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Grande quantidade de pessoas no local, incluindo parentes das vítimas e peritos, auxiliou na identificação das causas e dinâmica da tragédia

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Carro que atingiu casal parou no gramado central da via, a cerca de 300m do local do atropelamento

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O acidente ocorreu na via principal do Lago Norte, perto da Quituart, sentido Plano Piloto-Clube do Congresso

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No dia do acidente, a condutora chegou a receber voz de prisão, mas, após audiência de custódia, foi liberada pela Justiça, sem pagamento de fiança. Para o juiz da 5ª Vara Criminal, Aragonê Fernandes, a motorista, por estar hospitalizada, “não representa risco à instrução criminal”.

Luciana Vieira foi diagnosticada com isquemia cerebral, de acordo com a família. Em 22 de janeiro, os médicos retiraram os medicamentos de sedação, para esperar reação dela. No entanto, a paciente apresentou pequenos estímulos cerebrais. A motorista, no entanto, segue em coma.

Vídeo

Imagens registradas por câmeras de segurança mostram o momento em que o carro invadiu a calçada e atingiu o casal. Os dois morreram na hora. No vídeo, compartilhado nas redes sociais, é possível ver outras duas pessoas que caminhavam no local escaparem do veículo, pulando no gramado.

 

Metrópoles apurou que o carro estava devidamente licenciado, e a Carteira de Habilitação da motorista, em dia. Devido à violência da colisão, um dos corpos foi arremessado a vários metros de distância do local da tragédia.

O acidente ocorreu no sentido Clube do Congresso, em um horário no qual muitos moradores caminham pela região. Depois de atingir o casal, a condutora seguiu em frente, cerca de 300m do local do incidente, e só parou após colidir com um poste.

Evaldo e Dulcinéia moravam na QL 8 do Lago Norte, perto do local em que foram atingidos. Os dois tinham retornado havia poucos dias de uma viagem internacional na qual celebraram 50 anos de casados. As famílias do casal e da motorista têm amigos em comum.

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