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Justiça procura por condenado que matou companheira com ajuda do filho

Acusado faltou à sessão em que seria julgado novamente pela morte de Francielle da Silva, após “problema técnico” durante júri anterior

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Condenado pelo assassinato e pela ocultação do cadáver de Francielle da Silva Moreira, Cláudio da Silva (foto em destaque) teve a prisão preventiva decretada pela Justiça. Ele e o filho Wilker da Silva Rosa tinham sido sentenciados pelos crimes, mas o júri do caso foi anulado por “problemas técnicos” que impossibilitaram a gravação dos depoimentos.

Em 20 de fevereiro deste ano, deveria ter ocorrido um novo julgamento, mas o réu não compareceu e, agora, é considerado foragido. Na data, a defesa dele apresentou um atestado médico de fratura no dedo da mão. Porém, no entendimento do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), a lesão, embora “incapacitante para o trabalho, jamais impediria a participação na sessão plenária”.

Após a revisão do atestado, a Justiça decretou a prisão preventiva dele, a pedido da Promotoria de Justiça do Tribunal do Júri de Brazlândia. Desde então, Cláudio não foi mais localizado.

“Mais uma vez, a defesa do réu Cláudio apresenta atestado médico na véspera [do júri], mais especificamente às 21h29, com a informação de que [Cláudio] não está apto para o julgamento. O referido documento médico é datado de 29/1/2024, sendo certo que a juntada na noite anterior é prova inconteste de má-fé do acusado, que visou mais uma vez forçar o adiamento [da sessão]”, argumentou o Ministério Público.

Além disso, segundo o MPDFT, a lesão no punho de que trata o atestado ocorreu em 13 de julho de 2023 e serviu de justificativa para dois adiamentos anteriores da sessão plenária do júri.

Relembre o caso

Francielle (foto abaixo), à época com 22 anos, foi assassinada em 4 de dezembro de 2016, na zona rural de Brazlândia. À época companheira de Cláudio, a vítima foi sequestrada, morta e teve o corpo enterrado pelo acusado e por Wilker.

Franciele da Silva Moreira

Inicialmente, o caso foi classificado como desaparecimento. Posteriormente, a polícia adotou a linha de investigação de feminicídio. O corpo da jovem ficou desaparecido por dois anos, e os restos mortais dela só foram encontrados em 2018.

Antes do crime, segundo os investigadores, Cláudio havia ameaçado a companheira. As investigações também revelaram que o acusado havia premeditado o crime e usado, inclusive, telefones celulares com linhas em nome de terceiros, na tentativa de encobrir o assassinato.

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