Justiça mantém prisão de mãe que matou filha e incendiou apartamento
O caso aconteceu no Residencial Itamaraty, no setor M Norte, em Taguatinga. Suspeita responderá por homicídio qualificado
atualizado
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Zenaide Rodrigues de Souza, 32 anos, detida na madrugada desta segunda-feira (6/3) acusada de matar a própria filha de 5 anos, teve a prisão em flagrante convertida em preventiva após audiência de custódia. O caso aconteceu no Residencial Itamaraty, na M Norte, em Taguatinga, Distrito Federal.
Na decisão, o magistrado constatou, por meio da análise das peças da prisão em flagrante, a presença de prova da existência do delito, bem como indícios suficientes de que a autuada seja, em tese, a autora da conduta a ela atribuída.
“Os fatos, portanto, são concretamente graves. Nesse quadro, a decretação da prisão preventiva mostra-se imperiosa, tendo em vista que a gravidade concreta dos atos de violência empregados denota que a adoção de providência mais branda será ineficaz”, declarou o magistrado.
Com a decisão, a mulher responderá, presa, pelos crimes de homicídio qualificado por motivo fútil, com emprego de fogo e com uso de recurso que impossibilitou a defesa da vítima, além de provocar incêndio em casa habitada. O inquérito foi encaminhado para o Tribunal do Júri de Taguatinga, onde tramitará o processo.
Segundo o Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF), a criança foi encontrada já morta durante o incêndio no apartamento onde morava com a mãe. De acordo com a corporação, as chamas começaram em uma unidade na Torre A do condomínio, por volta de 1h desta segunda.
Testemunhas informaram que a mãe da vítima confessou ter ateado fogo à própria casa, mas disse que não tinha intenção de matar a criança. Conforme as investigações, a suspeita atravessou de uma sacada para outra, na tentativa de fugir do incêndio. Alterada, ela foi atendida pelos bombeiros e presa por policiais militares.
Ao Metrópoles a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) descartou que o incêndio no apartamento tenha causado a morte da menina. De acordo com a investigação, a criança já apresentava rigidez cadavérica quando os socorristas chagaram ao local
A reportagem apurou que há a possibilidade de a criança ter morrido na tarde de domingo (5/3). A boca da vítima também tinha sinais de rigidez, e a pupila dos olhos se encontrava fosca, segundo depoimentos à polícia.
“Um dos socorristas comentou que a menina apresentava sinais de esganadura. A corporação aguarda laudo cadavérico para confirmar as causas da morte. Mas podemos afirmar que a morte não foi ocasionada em decorrência do incêndio e fumaça”, disse o delegado Josué Magalhães, da 12ª Delegacia de Polícia (Taguatinga Centro).
À PCDF um dos bombeiros que atendeu a ocorrência e encontrou a criança sem vida relatou que a porta do quarto onde o corpo da menina estava estava fechada e não havia sido atingido pelas chamas.
Os policiais disseram, ainda, que a mãe deixou uma carta de despedida em que conta que mataria a filha com um travesseiro.