Homem já havia tentado matar a ex em hospital do DF; Justiça o mantém preso
Crime aconteceu na noite de domingo (28/5). Cleuson Silva invadiu hospital privado em Ceilândia e atirou cinco vezes contra a vítima
atualizado
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Cleuson Sousa de Moura Silva, 43 anos, preso em flagrante na noite desse domingo (28/5), após invadir o Hospital São Francisco, em Ceilândia, e atirar cinco vezes contra a ex-namorada Cleonice Maria Lima, 46, teve a prisão flagrante convertida em preventiva. A decisão saiu na manhã desta terça-feira (30/5), após audiência de custódia.
O juiz Lucas Lima da Rocha, responsável por analisar o caso, considerou que a prisão preventiva do autuado é necessária para “resguardo da ordem pública”.
“Os fatos apresentam gravidade concreta, porquanto o custodiado, em tese, praticou os crimes de feminicídio tentado e porte ilegal de arma. O fato em tese praticado é extremamente grave. Com efeito, consta dos autos que o autuado teria comparecido ao Hospital São Francisco, local de trabalho da vítima, ex-companheira, tendo desferido contra ela disparos de arma de fogo”, descreve o texto da audiência.
O crime aconteceu por volta das 20h50. Testemunhas afirmam que Cleuson entrou no hospital e atirou contra a vítima, recepcionista na unidade de saúde, e fugiu. Cleonice Maria foi atingida por quatro dos cinco tiros e precisou ser operada. A mais recente atualização do quadro dela, segundo a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), era de estabilidade.
Fuga
Imagens de câmeras de segurança às quais o Metrópoles teve acesso mostram o momento em que Cleuson chega ao Hospital São Francisco, anda até a recepção e atira contra a ex-namorada.
Após cometer o crime, o atirador corre de volta para a rua, onde havia estacionado um Ford Escort vermelho, e deixa o local. Apesar da tentativa de fuga, ele acabou preso momentos depois, em uma parada de ônibus da região.
Veja:
O Metrópoles apurou que Cleuson mora em Águas Lindas (GO) e tinha invadido o hospital, a procura de Cleonice, em outra ocasião. Ela, inclusive, tinha medidas protetivas contra ele.
Perseguição
Neste mês, Cleonice Maria procurou a PCDF para denunciar perseguições por parte de Cleuson. Ela afirmou que os dois tiveram um relacionamento de quatro anos, mas terminaram em abril.
A relação nunca havia sido boa, segundo a vítima, mas Cleuson teria se tornado mais agressivo a partir de 2020, quando começou a xingá-la, agredi-la e ameaçá-la de morte.
O suspeito chegou a ser preso em flagrante, mas liberado após passar por audiência de custódia. Pouco depois, os dois reataram. Em abril último, porém, Cleonice Maria decidiu encerrar a relação definitivamente.
Desde então, o agressor teria perseguido Cleonice Maria em casa e no trabalho, além de importuná-la por meio de ligações. Em 5 de maio, ele havia ido ao hospital onde a vítima trabalha, com um objeto similar a uma arma escondido. Sem encontrá-la na recepção, Cleuson entrou em áreas restritas da unidade de saúde, mas acabou expulso por um segurança.