metropoles.com

Justiça mantém prisão de dentista acusado de estuprar influencer no DF

Gustavo Najjar passou por audiência de custódia nesta quarta (13/9). Ele foi preso temporariamente por estuprar vítima durante uma consulta

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Reprodução/ Instagram
Foto colorida de um homem branco com cabelo e barba preta - Metrópoles
1 de 1 Foto colorida de um homem branco com cabelo e barba preta - Metrópoles - Foto: Reprodução/ Instagram

O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) manteve a prisão temporária do dentista especialista em harmonização facial, acusado de estuprar uma influenciadora digital. Gustavo Najjar, 37 anos, passou por audiência de custódia, na manhã desta quarta-feira (13/9), e vai continuar preso.

O dentista foi detido pela Polícia Civil do Distrito Federal, na terça-feira (12/9), quando chegava a seu consultório, em um shopping de Brasília.

Com mais de 13 mil seguidores no Instagram, onde compartilha resultados das harmonizações feitas em seus pacientes, Najjar foi alvo de mandado de prisão temporária, com prazo de 30 dias. Em suas redes, o dentista afirma que possui “mais de 11 mil atendimentos e zero intercorrência, além de mais 1000 alunos no Brasil e exterior”.

Levado para a delegacia, o dentista foi ouvido em depoimento. De acordo com as investigações, a vítima havia conhecido o autor por meio das redes sociais. A influencer teria ido ao consultório após ter sido convencida pelo profissional a realizar uma avaliação para ser submetida a um procedimento de harmonização facial.

Ao chegar ao consultório do dentista, já no fim do expediente, o homem pediu para que a vítima mostrasse os procedimentos que ela tinha feito em seu corpo, já que ela havia realizado diversas cirurgias estéticas após um intenso processo de emagrecimento. Acreditando na boa-fé do dentista, a jovem deixou que ele analisasse o seu corpo. Porém, quando estava olhando os seus glúteos, o autor disse que precisava testar a sua sensibilidade e lhe desferiu um tapa nas nádegas.

10 imagens
O dentista foi preso em 12 de setembro, no DF
Ele foi preso preventivamente pela PCDF
Gustavo é especialista em harmonização facial
O homem reúne mais de 13 mil seguidores nas redes sociais
Gustavo Najjar tem 37 anos
1 de 10

Reprodução/ Instagram
2 de 10

O dentista foi preso em 12 de setembro, no DF

Reprodução/ Instagram
3 de 10

Ele foi preso preventivamente pela PCDF

Reprodução/ Instagram
4 de 10

Gustavo é especialista em harmonização facial

Reprodução/ Instagram
5 de 10

O homem reúne mais de 13 mil seguidores nas redes sociais

Reprodução/ Instagram
6 de 10

Gustavo Najjar tem 37 anos

Reprodução/ Instagram
7 de 10

Entre as publicações no Instagram, várias fotos são em viagens internacionais

Reprodução/ Instagram
8 de 10

O dentista teria estuprado a influenciadora no consultório dele

Reprodução/ Instagram
9 de 10

O especialista é acusado de estuprar uma influenciadora digital

Reprodução/ Instagram
10 de 10

Dr. Gustavo Najjar, dentista de Brasília acusado de estuprar influencer

Reprodução/ Instagram

Gritos de pânico

Constrangida, a vítima disse que precisava ir embora, mas o dentista a agarrou e passou a estuprar a vítima. A mulher tentou se desvencilhar, dizendo que queria ir embora e passou a gritar que queria sair. O dentista puxou a vítima novamente, ato que fez um rasgo em sua calça, e afirmou que ninguém a escutaria, pois não havia mais ninguém no local.

Em pânico, a influenciadora não conseguiu mais resistir, e o autor consumou a prática sexual. Após concluir o crime, o autor voltou a conversar com a vítima sobre os procedimentos estéticos que faria, como se nada tivesse acontecido.

Vestígios de violência

As roupas da vítima foram apreendidas, e ela encaminhada ao Instituto Médico Legal (IML) para ser submetida ao exame de corpo delito, em que foi constatada a presença de vestígios de violência para o cometimento de conjunção carnal.

Diante das provas colhidas, foi representado ao Poder Judiciário pela decretação da prisão temporária do autor. Após sua prisão, o autor foi conduzido à 5ª DP para prestar seu interrogatório e, finalizadas as formalidades legais, recolhido à carceragem.

A prisão do autor foi decretada pelo prazo de 30 dias, podendo ser prorrogada por igual período e ainda ser convertida em preventiva, em caso de necessidade.

O outro lado

Em nota, emitida na noite deste sábado (23/9) – 11 dias após a publicação da primeira reportagem, que noticiou a prisão do suspeito– , a defesa do dentista Gustavo Najjar criticou o vazamento da investigação conduzida pela Polícia Civil do DF, que corre em segredo de Justiça, e diz que não comentará os detalhes do processo, justamente por conta do caráter sigiloso do inquérito. “O que podemos adiantar, mais uma vez, é que não houve crime e que já existem provas robustas sobre isto, o que torna o vazamento parcial de informações gravíssimo. A divulgação de informações escolhidas pelos agentes públicos encarregados do inquérito, além de configurar ilícitos graves, busca criar sensacionalismo irracional para antecipar um julgamento sobre os fatos em apuração”, disse a defesa.

Os advogados do suspeito de estupro, ainda em nota, dizem que tomarão “medidas legais” para “responsabilizar os agentes públicos que, mesmo advertidos, insistem em transgredir a lei, e que assume, de forma deliberada, o risco dos resultados de sua conduta irresponsável”.

“Por fim, a defesa vai postular no Juízo competente que seja então autorizado, dada a divulgação parcial e despropositada de informações direcionadas, e para se garantir a paridade de tratamento, a divulgação das provas existentes em favor do seu cliente – o que não se pode revelar agora sem expressa autorização judicial em razão do sigilo dos autos e da exposição da intimidade de outras pessoas envolvidas na investigação”, finalizou a defesa do dentista.

Leia a nota na íntegra:

“A defesa de Gustavo Naijar repudia, com veemência, o vazamento parcial de trechos da investigação que corre em segredo de justiça. Não houve os ilícitos cogitados prematuramente pela autoridade policial.

A defesa não vai comentar os detalhes do processo em respeito ao sigilo dos autos.

O que podemos adiantar mais uma vez é que não houve crime e que já existem provas robustas sobre isto, o que torna o vazamento parcial de informações gravíssimo.

A divulgação de informações escolhidas pelos agentes públicos encarregados do inquérito, além de configurar ilícitos graves, busca criar sensacionalismo irracional para antecipar um julgamento sobre os fatos em apuração.

Todas as medidas legais estão sendo tomadas para responsabilizar os agentes públicos que, mesmo advertidos, insistem em transgredir a lei, e que assumem, de forma deliberada, o risco dos resultados de sua conduta irresponsável.

Por fim, a defesa vai postular no Juízo competente que seja então autorizado, dada a divulgação parcial e despropositada de informações direcionadas, e para se garantir a paridade de tratamento, a divulgação das provas existentes em favor do seu cliente – o que não se pode revelar agora sem expressa autorização judicial em razão do sigilo dos autos e da exposição da intimidade de outras pessoas envolvidas na investigação.

Solicita-se que a presente nota seja divulgada em sua integralidade, sem prejuízo da divulgação da versão do cliente após a autorização judicial quanto a exposição das provas em seu favor”.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comDistrito Federal

Você quer ficar por dentro das notícias do Distrito Federal e receber notificações em tempo real?