metropoles.com

Justiça mantém condenação de ex-deputado por mandar matar adolescente

Ex-deputado Carlos Xavier está preso por mandar matar suposto amante da esposa. Ele havia sido condenado a indenizar pais do adolescente

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Reprodução/TV Globo
Foto colorida de homem com cabelo curto e de terno dando entrevista
1 de 1 Foto colorida de homem com cabelo curto e de terno dando entrevista - Foto: Reprodução/TV Globo

A 6ª Turma Cível do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) manteve decisão que condenou ex-deputado distrital Adão Xavier, 62 anos (foto em destaque), a indenizar pais do adolescente que foi morto a pedido dele, em 2004. A decisão fixou a quantia de R$ 400 mil, por danos morais, a ser paga a cada um dos genitores do menino. Logo, a indenização fica no valor total de R$ 800 mil.

A decisão foi unânime. O ex-parlamentar foi condenado em segunda instância a 15 anos de prisão em 2014, por ordenar o assassinato de Ewerton Ferreira, um jovem de 16 anos que o então deputado acreditava ser amante de sua esposa.

O político chegou a recorrer da decisão que o condenava a indenizar os pais do adolescente. No recurso, ele sustenta que a indenização estaria prescrita, já que o crime ocorreu no ano de 2004. Ele ainda afirma que a sentença deve ser anulada, “por violação ao princípio do juiz natural e por falta de fundamentação”.

A defesa argumenta também que a autoria do crime continua sendo discutida na esfera criminal e que houve um esquema para incriminá-lo, devido ao cargo de ex-deputado.

Decisão

Ao julgar o caso, a Justiça do DF explicou que não houve violação ao princípio do juiz natural. Quanto à falta de fundamentação da sentença, a 6ª Turma esclareceu que não configura falta de fundamentação o fato de a sentença ser idêntica à condenação criminal, pois se refere ao mesmo fato, a diferença é apenas o autor da ação — que, na esfera cível, é a família da vítima.

Quanto à prescrição, a Turma explicou que não corre quando a ação se origina de fato a ser apurado no juízo criminal até a sentença definitiva. No caso de Adão, a ação foi ajuizada dentro do prazo.

Por fim, os juízes destacam que a morte violenta e repentina do filho, decorrente de homicídio praticado a pedido do ex-deputado, provoca intenso sofrimento aos familiares “de dimensão presumivelmente incomensurável”. Portanto, para a Justiça, “embora a perda de um filho e o sofrimento decorrente da sua morte violenta seja de difícil quantificação pecuniária, a indenização, por dano moral, fixada em R$ 400 mil, mostra-se adequada, considerando-se as condições econômicas do ofensor e da ofendida, a gravidade dano e a sua extensão[…]”.

Assassinato

Xavier foi o primeiro deputado distrital cassado na história da Câmara Legislativa do DF. Ele acabou condenado pela morte do adolescente, no Recanto das Emas, após desconfiar que o jovem mantinha um relacionamento com sua mulher.

O corpo de Ewerton foi encontrado atrás de uma parada de ônibus. Segundo a acusação, Xavier contratou o capoeirista Eduardo Gomes da Silva, conhecido como Risadinha, Leandro Dias Duarte e um adolescente para executarem a vítima.

Em abril de 2014, ele foi condenado a 15 anos de prisão, em regime inicialmente fechado, pelo crime de homicídio. A decisão havia sido confirmada em segunda instância no Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT).

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comDistrito Federal

Você quer ficar por dentro das notícias do Distrito Federal e receber notificações em tempo real?