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Justiça entende que 4 réus por chacina no DF devem ir a júri popular

Quatro dos cinco acusados por matar 10 pessoas da mesma família foram pronunciados para ir encarar júri popular. Defesas podem recorrer

atualizado

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Arte/Metrópoles
arte de vítimas da chacina do DF em fundo vermelho
1 de 1 arte de vítimas da chacina do DF em fundo vermelho - Foto: Arte/Metrópoles

Quatro dos cinco acusados pela maior chacina do Distrito Federal foram pronunciados pela Justiça para ir a júri popular. Em decisão dessa sexta-feira (19/4), o juiz Taciano Vogado proferiu a decisão em desfavor de Gideon Batista de Menezes, Horácio Carlos Ferreira Barbosa, Carlomam dos Santos Nogueira e Carlos Henrique Alves da Silva pela morte de 10 pessoas da mesma família (leia mais abaixo).

A pronuncia é uma fase do processo em que o juiz decide se o caso configura ou não crime doloso – intencional – contra a vida. Caso o entendimento seja de que sim, o réu deve encaram o júri popular. Para Taciano Vogado, há provas suficientes de que os acusados pela chacina cometeram o crime.

“Os depoimentos prestados em juízo pelas testemunhas […], aliados às confissões extrajudiciais dos acusados, ao laudo de perícia papiloscópica identificando digitais de Carlomam, Horácio e Fabrício no cativeiro e ao relatório de investigações da 6ª DP [Delegacia de Polícia] mostram-se suficientes para submissão dos acusados ao Conselho de Sentença do Tribunal do Júri, juízo competente para julgamento de mérito de delitos dolosos contra a vida e crimes a esses conexos”, afirmou o magistrado na decisão.

Apesar da decisão, ainda não há data para o julgamento, pois as defesas dos réus ainda podem recorrer da pronúncia. No caso de Fabrício Silva Canhedo, que também é acusado pelo crime, o processo dele foi desmembrado e consta em arquivo separado; por isso, ele ainda passará pela fase da pronúncia. Todos os denunciados seguem presos preventivamente.

Relembre o caso

Em janeiro de 2023, o primeiro boletim de ocorrência registrado sobre o desaparecimento da cabeleireira Elizamar da Silva e de três filhos dela deu início à investigação que revelou a chacina.

O crime terminou com 10 pessoas da mesma família assassinadas, entre dezembro de 2022 e janeiro de 2023, em Planaltina. A chácara em que parte das vítimas morava, no Itapoã, avaliada em R$ 2 milhões, seria a motivação dos criminosos para matá-las.

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) apurou que Gideon Batista e Horácio Carlos, que eram funcionários do responsável pela chácara, Marcos Antônio Lopes de Oliveira, 54 anos, queriam o terreno dele para vender. O plano, então, era de assassinar toda a família do mecânico para tomar posse do imóvel.

Infográfico com fotos de vítimas da chacina no DF e suas relações familiares bem como com os assasinos - Metrópoles

Os criminosos começaram a planejar a chacina em outubro do ano passado. No dia 23 daquele mês, alugaram o cativeiro onde manteriam as vítimas. Em dezembro, a ex-mulher de Marcos Antônio, Cláudia Regina Marques de Oliveira, 55, vendeu uma casa por R$ 200 mil. Assim, o plano dos criminosos passou a envolver, também, o restante da família deles.

Em 28 de dezembro, Marcos Antônio, a esposa dele, Renata Juliene Belchior, 52, e a filha do casal, Gabriela Belchior de Oliveira, 25, foram rendidos e mortos. Posteriormente, a PCDF encontrou os corpos de outros parentes dos três.

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