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Justiça do DF permite exumação do ex-ditador paraguaio Alfredo Stroessner

O processo foi movido por um homem que alega ser filho do ex-ditador. O objetivo da exumação é colher material para realizar exame de DNA

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Alfredo Stroessner
1 de 1 Alfredo Stroessner - Foto: Patrick AVENTURIER/Gamma-Rapho via Getty Images

O Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJDFT) deferiu a exumação do corpo do ex-ditador paraguaio Alfredo Stroessner. Ele morreu exilado em Brasília, aos 93 anos, em 2006, e foi enterrado em um cemitério da capital federal.

O processo corre em segredo de Justiça e foi movido por um homem que alega ser filho do ex-ditador. O objetivo da exumação é colher material genético para realizar um exame de DNA e comprovar a paternidade.

Segundo a decisão, a exumação foi aprovada pela única herdeira viva de Stroessner, uma idosa de 74 anos que mora no Paraguai.

De acordo com a Justiça, a empresa Campo da Esperança, que administra os cemitérios do Distrito Federal, deve informar a localização exata do túmulo de Alfredo Stroessner.

A decisão também pede que a Polícia Civil do DF (PCDF) informe como tem ocorrido, durante a pandemia do novo coronavírus, o processo de exumação de cadáver para análise de exame de DNA visando a comprovação de paternidade post mortem.

Procurada pelo Metrópoles, a empresa Campo da Esperança informou que ainda não foi notificada pela Justiça para fornecer o endereço da sepultura.

A entidade ainda acrescentou que “em processos de exumação de paternidade, normalmente, a coleta do material é responsabilidade da Polícia Civil, e não a concessionária”.

A reportagem entrou em contato com a PCDF para obter informações quanto ao procedimento de exumação, mas até a última atualização desta matéria, não havia obtido resposta da corporação. O Metrópoles também falou com a defesa do homem que alega ser filho de Stroessner, mas o advogado informou que não iria se pronunciar sobre o caso no momento.

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Todos os itens apreendidos foram entregues à Coordenação de Repressão aos Crimes Patrimoniais (Corpatri), no complexo da Polícia Civil do DF
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TJDFT entendeu que houve cobrança abusiva

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Ditador

Alfredo Stroessner foi um ditador paraguaio que governou o país em um regime autoritário entre 1954 e 1989. Sua ditadura foi o período mais longo em que uma única pessoa ocupou a sede do governo de um país sul-americano em modo contínuo, e a segunda maior da América Latina depois de Fidel Castro, em Cuba.

Stroessner foi derrubado por um Golpe de Estado no Paraguai. Após a expulsão do poder, ele foi exilado em Brasília, onde morreu em 16 de agosto de 2006.

Colaborou Isadora Teixeira

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