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Justiça do DF nega pedido de liberdade para a Loba do Tinder

Patrícia Coutinho Pereira é acusada de praticar o crime de estelionato contra mais de 100 pessoas, entre elas um delegado da Polícia Federal

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A 1ª Vara Criminal do Gama negou o pedido de liberdade formulado pela defesa de Patrícia Coutinho Pereira, conhecida como a Loba do Tinder. A mulher de 31 anos está presa em Campinas (SP), desde o dia 10 de março, época em que teve a prisão preventiva decretada por estelionato, crime no qual coleciona mais de 100 vítimas, entre elas um delegado da Polícia Federal, de quem extorquiu R$ 50 mil.

Segundo a defesa, há ausência dos requisitos para a manutenção da prisão. Segundo os advogados, a acusada não se esquivará da aplicação da lei penal, comprometendo-se a comparecer a todos os atos processuais, a partir dos quais comprovará sua inocência.

A defesa argumentou, ainda, que a acusada é primária, portadora de bons antecedentes, colaborou com as investigações desde o início, bem como possui residência fixa.

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Segundo a defesa, há ausência dos requisitos para a manutenção da prisão
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Segundo a defesa, há ausência dos requisitos para a manutenção da prisão

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Decisão

Ao julgar o pedido, o magistrado entendeu que há a suspeita de que Patrícia buscava se livrar da responsabilização criminal ao mudar para outro estado, após os fatos e condenação pretérita, sem qualquer comunicação à Justiça.

“Observa-se que embora a defesa afirme que a acusada tenha residência fixa no endereço constante no documento, consta a informação, a partir da diligência acostada ao feito pelo Ministério Público, de que a ré residia em Foz do Iguaçu (PR) com sua companheira, tendo o mandado de prisão sido cumprido no Estado de São Paulo, na cidade de Campinas, o que evidencia não possuir a ré endereço certo, contrariamente do alegado, restando demonstrada a necessidade de manutenção da segregação cautelar”, diz um trecho da decisão.

“Desse modo, e por não serem as alegações apresentadas pela defesa fundamentos suficientes para a revogação da medida imposta, notadamente porque, fundamentadamente demonstrada, no ato da imposição da prisão a necessidade da segregação, a qual ainda persiste, a manutenção da medida ora se impõe”, expõe o magistrado.

Por fim, foi solicitado o recambiamento da acusada para estabelecimento prisional no Distrito Federal. No entanto, ainda sem uma data prevista devido o trâmite judicial.

De acordo com a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária do DF (Seape), ao chegar na capital do país, Patricia ficará na penitenciária feminina, localizada no Gama (Colmeia).

Memória

A Polícia Civil de São Paulo prendeu Patrícia em 10 de março deste ano. A criminosa teve a prisão preventiva decretada dias antes pela 1ª Vara Criminal do Gama e, desde então, era considerada foragida.

Na época, o Metrópoles conversou com o delegado Sandro Jonasson, responsável pelo caso, que explicou o modo da operação. “Nós estávamos em meio a outra investigação de estelionato, relacionado à venda ilegal de terrenos. No meio, surgiu informações que ela estaria escondida aqui na região uma grande estelionatária, que estaria foragida, com mandado de prisão decretado”, disse.

“Começamos a averiguar e chegamos na alcunha ‘Loba do Tinder’ e, a partir do levantamento desse nickname, nós chegamos na Patricia. Continuamos a investigar e encontramos o provável local onde ela estaria escondida, uma casa em um bairro aqui de Campinas”, acrescentou.

Modus operandi

De acordo com a polícia, a criminosa fazia o uso da ferramenta de relacionamento Tinder, trocava fotos insinuantes e chegava a filmar atos sexuais, em muitos casos com pessoas casadas, para, posteriormente, extorquir as vítimas. Ela exigia valores em dinheiro, bens e automóveis.

Veja algumas mensagens enviadas pela acusada:

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