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Justiça do DF mantém jogador de Free Fire suspeito de fraude banido do jogo

Caio Lúcio Lima chegou a estar entre os melhores da plataforma, mas teve o perfil bloqueado. TJDFT chegou a determinar liberação da conta

atualizado

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1 de 1 Free-Fire - Foto: Divulgação

O Tribunal de Justiça do Distrito Federal do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) negou recurso apresentado por Caio Lúcio Lima, jogador de Free Fire banido por suspeita de fraude, solicitando o desbloqueio do acesso à plataforma. Na decisão, a desembargadora Diva Lucy de Faria Pereira considerou que a Garena, desenvolvedora do jogo, apresentou justificativas suficientes para a exclusão do jogador.

Como mostrou o Metrópoleso brasiliense que se dedica há três anos ao jogo virtual popular entre os jovens chegou a conseguir na Justiça, em novembro, o direito de voltar à disputa. À época, a Corte considerou que a empresa responsável pelo jogo tinha apresentado “prova incipiente” contra Caio.

Ao recorrer, no entanto, a desenvolvedora do jogo apresentou um print que demonstraria que o brasiliense havia utilizado um “hack” – programa ou dispositivo externo, malicioso e estranho, que interage de forma indevida com o jogo, alterando a linguagem de programação e permitindo ao usuário a mudança e a alteração das configurações preestabelecidas, a fim de viabilizar diversas benesses ao utilizador.

A Garena também afirmou que Caio foi denunciado pelo uso de dispositivos proibidos pelas normas do jogo por outros 17 jogadores. A empresa ainda justificou que não apresentou detalhes sobre o software utilizado pelo brasiliense para evitar o acesso de hackers a informações relevantes, o que, de acordo com a Garena, permitiria a criação de novos mecanismos para burlar a segurança do sistema do jogo.

“As explicações apresentadas pela agravada Garena às solicitações do agravante não parecem, em exame perfunctório, genéricas ou automáticas, senão transparente indicação do motivo da suspensão definitiva do acesso da conta dele ao jogo pela detecção realizada pelo sistema de uso de programa de terceiro no jogo, com violação à igualdade entre os participantes pela obtenção de vantagem indevida na competição”, afirmou a desembargadora na decisão.

Ao indeferir o pedido do jogador brasiliense, a magistrada destacou que “a matéria deverá ser apreciada com o devido aprofundamento, após a oitiva da agravada, pelo colegiado no julgamento definitivo do presente recurso”.

Entenda

O Free Fire é um jogo eletrônico mobile de ação e aventura, o qual comporta até 50 jogadores simultâneos, que caem de paraquedas em uma ilha. O objetivo é encontrar armas e equipamentos a fim de matar os outros jogadores.

Os participantes decidem a posição inicial, pegam as armas e os suprimentos e, com isso, aumentam o tempo de vida na batalha.

Sucesso na internet até outubro de 2018, o jogo havia atingido a marca de 7,5 milhões de jogadores (refletidos pela quantidade de downloads) somente em dispositivos Android, tornando-se um dos games mais usados naquele ano.

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