TJDFT cobrou tratamento para presos infectados da Papuda em maio
Ofício da juíza da Vara de Execuções Penais exigia medicação para os detentos. Dois meses depois, a situação ainda não foi controlada
atualizado
Compartilhar notícia
As denúncias de que detentos da Papuda estão infectados com uma doença de pele altamente contagiosa chegaram à Justiça em maio. Naquele mês, a Vara de Execuções Penais (VEP) determinou que a Secretaria de Saúde medicasse os presidiários. No entanto, conforme o Metrópoles revelou nesta quinta-feira (13/7), o surto de impetigo ainda atinge internos do complexo penitenciário. O caso é preocupante, uma vez que até mesmo os visitantes têm saído do local com sintomas da doença.
Em maio, a juíza titular da VEP, Leila Cury, pediu que, no caso da falta de remédios, “fosse comunicada para que pudesse adotar medidas voltadas para o pronto atendimento dos doentes”.
Leila Cury, então, oficiou a Subsecretaria do Sistema Penitenciário (Sesipe) cobrando rapidez nas informações sobre o caso. Um segundo ofício foi enviado para a Secretaria de Saúde, com a solicitação de atendimento aos doentes.
Segundo o TJDFT, na ocasião a Sesipe informou ter controlado a situação. Informou ainda que a situação foi verificada nos blocos 1, 2 e 6 e que teria sido disponibilizado um serviço de assistência sanitária aos internos que reclamavam da doença de pele.
“Com uma breve triagem, foi possível identificar um grupo de 172 internos que apresentavam alguma parte do corpo com as irritações. Os que apresentavam lesões mais graves foram atendidos imediatamente segundo as informações repassadas. Os demais foram atendidos e tratados dentro da programação já prevista aos blocos”, diz a nota do TJDFT. No entanto, dois meses depois, os relatos sobre o surto de impetigo ainda se multiplicam.
Por meio de nota, a Sesipe disse que “já tinha identificado o problema e iniciado o tratamento”. Além disso, informou que “fará mutirões de atendimento para identificar novos casos e tratar os que restam”.
Veja fotos dos detentos