Suspeitos de racha na L4 Sul não podem mais dirigir, determina Justiça
Eraldo Cavalcante e Noé Albuquerque terão que entregar as carteiras de habilitação, sob pena de serem presos preventivamente
atualizado
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O Tribunal de Justiça do DF e Territórios (TJDFT) manteve soltos Eraldo José Cavalcante Pereira (foto em destaque) e Noé Albuquerque de Oliveira, envolvidos no racha da L4 Sul – o acidente ocorreu em 30 de abril e vitimou Cleusa Maria Cayres e Ricardo Clemente Cayres, mãe e filho. Entretanto, a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) dos dois foi suspensa por decisão judicial.
Os dois réus terão 48 horas, a partir da intimação, para entregar as CNHs à Justiça. Caso isso não ocorra, eles poderão ser presos preventivamente.
O juiz Paulo Rogério Santos Giordano, do Tribunal do Júri, rejeitou o pedido do Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT) de prisão preventiva. O magistrado acredita que a falta de antecedentes criminais afasta qualquer ameaça que os acusados possam oferecer à sociedade.
“Embora averiguada a materialidade e os indícios suficientes de autoria, não verifico a necessidade da custodia cautelar dos denunciados”, justificou o magistrado na decisão.Procurado pelo Metrópoles, o advogado Alexandre Queiroz, representante de Eraldo Cavalcante e Noé Albuquerque, disse que a defesa ainda não foi notificada sobre a decisão.
A tragédia
O acidente ocorreu por volta das 19h30 de 30 de abril, um domingo. Testemunhas afirmam que o Evoque de Noé e o Jetta de Eraldo estavam emparelhados, em alta velocidade, na via.
Segundo Eraldo, ele teria perdido o controle do Jetta e atingido o Fiesta, onde estavam quatro pessoas da mesma família. A força foi tanta que o carro das vítimas capotou. A traseira do veículo ficou completamente destruída. Era ali, no banco de trás, devidamente presos ao cinto de segurança, que estavam Ricardo e sua mãe, Cleuza. Para eles, não houve tempo de socorro, morreram após o impacto.
Eraldo e Noé saíam de uma festa às margens do Lago Paranoá quando se envolveram no acidente. Assumiram ter bebido “uma latinha de cerveja”. Eles, porém, se recusaram a fazer o teste do bafômetro.