STJ mantém suspensão da Pandora até perícia de aparelho de escuta
Ministério Público Federal entrou com embargos de declaração para retomar processos, mas não teve sucesso na ação
atualizado
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O Superior Tribunal de Justiça (STJ) rejeitou nesta quinta-feira (2/2) embargos de declaração do Ministério Público Federal (MPF) contra a paralisação das ações decorrentes da Operação Caixa de Pandora. A decisão beneficia o ex-governador José Roberto Arruda, além de cerca de 30 políticos e empresários, atrasando ainda mais o desfecho do maior escândalo de corrupção já descoberto no Distrito Federal.
Em dezembro do ano passado, a Corte acatou pedido de Arruda e determinou que o aparelho de escuta ambiental usado pelo delator Durval Barbosa para interceptar conversas de investigados na operação fosse periciado, sete anos após a descoberta do caso.
Ministério Público
Sobre as reclamações dos advogados, o Grupo de Atuação de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) tem afirmado que se trata de uma “tentativa dos réus de retardar o processo”.
Segundo integrantes do Gaeco, a perícia já foi feita pelo Instituto Nacional de Criminalística (INC) e “não há qualquer hipótese de edição”. Os promotores dizem ainda que a perícia será feita, mas o processo continua.
A defesa de Durval Barbosa também tem declarado que os inúmeros recursos de Arruda e dos outros réus tentam atrasar o processo. No entanto, os advogados do delator negam que o cliente tenha gravações não entregues durante o acordo de delação.
Interrogatórios
Os réus da Caixa de Pandora seriam interrogados pelo juiz da 7ª Vara Criminal em 21 de novembro do ano passado. No entanto, com a suspensão do andamento de todas as ações penais a que Arruda responde, não há data para que os interrogatórios ocorram, uma vez que a decisão se estendeu aos demais investigados.