Réu do primeiro feminicídio em Ceilândia é condenado a 19 anos
Defesa ainda pode recorrer. Jailson Guedes Ferreira assassinou a companheira em abril de 2015
atualizado
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O réu do primeiro crime de feminicídio em Ceilândia, Jailson Guedes Ferreira, foi condenado a 19 anos e seis meses em regime fechado. A decisão foi tomada por júri popular formado por cinco homens e duas mulheres, pouco antes das 16h desta quarta-feira (29/3).
O julgamento começou às 9h30. Jailson foi condenado pelo Tribunal do Júri de Ceilândia por homicídio triplamente qualificado, sendo o feminicídio, o motivo torpe e o uso de recurso que dificultou a defesa da vítima as qualificadoras do crime.
Por ser crime hediondo, o policial militar reformado deve cumprir metade da pena detido, para só então pedir progressão de regime. O réu também terá de pagar uma multa pecuniária de 44 dias sobre um trigésimo de salário mínimo, o que corresponde a R$ 1.374. A defesa pode recorrer da decisão.
Entenda o casoEm 15 de abril de 2015, por volta das 12h40, Jailson matou a também policial militar reformada Neide Rodrigues Ribeiro, 49, com um tiro de uma pistola calibre .380. O crime ocorreu dentro de casa, na QNN 24, na região da Guariroba, em Ceilândia.
Logo após matar a companheira com a qual dividiu a vida por 20 anos e tentar suicídio, Jailson, na época com 50 anos, disse aos policiais da 23ª DP (Ceilândia) que atirou porque Neide o provocou dizendo que ele “não era homem”.