Recurso da defesa de Celina Leão na Drácon é rejeitado pelo TJDFT
Deputada pedia a produção de novas provas da defesa, mas solicitação foi negada pela segunda vez. Advogados vão recorrer
atualizado
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O Conselho Especial do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) negou, nesta quinta-feira (7/6), novo pedido de agravo de declaração da deputada distrital Celina Leão (PR) para que fossem produzidas novas provas no caso de suposta corrupção investigada na Operação Drácon.
Os advogados da parlamentar queriam a realização de novas perícias, tanto no celular da distrital quanto no da deputada Liliane Roriz (Pros), responsável pela gravação das conversas que deram origem ao processo que corre no TJDFT. Mas, pela segunda vez, a solicitação foi negada.
De acordo com o advogado de Celina Leão, Eduardo Toledo, o Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT) tem usados “dois pesos e duas medidas para o caso”.A defesa chegou a pedir a devolução do aparelho telefônico da parlamentar, mas a condição para que o mesmo fosse entregue era que tanto a distrital quanto seus advogados abrissem mão de realizar perícias complementares no celular de Celina e no da denunciante, Liliane Roriz.
“O direito à defesa é nosso. Eles querem impedir que nos defendamos. Vou aguardar o acórdão ser publicado e, em seguida, vamos ver em qual instância vamos recorrer”, disse Eduardo Toledo, que nega a intenção de protelar o processo.
Celina Leão, Raimundo Ribeiro (MDB), Bispo Renato Andrade (PR), Julio Cesar (PRB) e Cristiano Araújo (PSD) são suspeitos de aprovarem emendas no valor de R$ 30 milhões para o pagamento de dívidas com leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) em troca de propina.
Eles respondem por corrupção passiva e improbidade administrativa. Os distritais negam as acusações e dizem que a emenda aprovada no final de 2015 era da própria Liliane Roriz, à época vice-presidente da Câmara Legislativa.