metropoles.com

Documentos ligam presidente da OAB/DF a empresa do grupo JBS

Juliano Costa Couto indicou Willer Tomaz, experimentado criminalista e alvo de operação da PF nesta quinta, a amigo de Joesley Batista

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Daniel Ferreira/Metrópoles
Debate Candidatos OAB DF  – Brasília – DF 22/10/2015
1 de 1 Debate Candidatos OAB DF – Brasília – DF 22/10/2015 - Foto: Daniel Ferreira/Metrópoles

O presidente da Ordem dos Advogado do Brasil do Distrito Federal (OAB-DF), Juliano Costa Couto, teria sido mencionado nos esquemas de propina citados em gravações feitas por Joesley Batista. A informação foi publicada pelo portal de notícias O Antagonista. Há documentação, segundo a revista Veja, que comprova sua atuação pela Eldorado Brasil Celulose, empresa controlada pelo grupo JBS.

Por meio do blog da OAB-DF, o presidente da instituição alegou que um cliente, amigo de Joesley Batista, o procurou tempos atrás pedindo a indicação de um advogado para um conhecido, com o objetivo de defendê-lo no âmbito da Operação Greenfield, que investiga desvio de recursos nos fundos de pensão.

Juliano indicou Willer Tomaz, advogado de vários políticos, incluindo senadores da República, e experimentado criminalista. Tomaz é um dos alvos de operação da Polícia Federal e do Ministério Público Federal (MPF) nesta quinta-feira (18/5).

Reprodução/Veja
Documento comprova que Juliano atuou pela Eldorado na Operação Greenfield

 

Segundo Juliano Costa Couto, é muito comum dirigentes de ordem serem procurados para fazer indicação de colegas. “Meu nome deve ter aparecido como parte da narrativa para explicar como esse cliente chegou a Willer Tomaz”, relatou. O presidente da OAB/DF afirmou ainda que não é da empresa Eldorado e nem de Joesley Batista, e nunca atuou judicial ou extrajudicialmente em nada envolvendo este caso.

Garantiu, ainda, que a Polícia Federal não foi em sua casa e, até onde sabe, não é alvo de medida judicial. Juliano afirmou ter certeza de que, após todos os esclarecimentos, “o envolvimento do meu nome revelar-se-á absolutamente injusto e equivocado”.

O principal investigado pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal nesta quinta-feira (18/5) é o senador Aécio Neves (PSDB-MG). Equipes dos órgãos fazem operação, no âmbito da Lava Jato, em Brasília, Belo Horizonte e no Rio de Janeiro. A irmã do político, Andrea Neves, foi presa na capital mineira.

A ação ocorre um dia depois de a delação de Joesley Batista, dono do frigorífico JBS, revelar que o tucano teria pedido R$ 2 milhões para pagar sua defesa na Lava Jato.

Levantamento de sigilo
O presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Claudio Lamachia, afirmou que vai, nesta quinta, ao Supremo Tribunal Federal (STF) pedir o levantamento do sigilo da delação do proprietário da J&F, controladora da JBS, Joesley Batista, no qual ele teria relatado que o presidente Michel Temer teria dado aval para a compra de silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha. Lamachia, que estava em Alagoas, está neste momento retornando a Brasília.

“O levantamento do sigilo é fundamental no primeiro momento para comprovar a veracidade desses fatos. Se comprovado, chamo sessão extraordinária para avaliarmos quais seriam as medidas jurídicas cabíveis a serem tomadas pelo conselho. O ponto de partida de tudo isso é a confirmação dos fatos no levantamento do sigilo”, disse em entrevista na manhã desta quinta-feira à Rádio Eldorado.

O presidente da OAB disse que nessas situações defende a publicidade dos processos, até porque dá a chance aos acusados de produzirem defesa. “Em outros casos, em que atrapalharia a investigação, a publicidade não se aplicaria.”

Lamachia ainda comentou a decisão do STF de afastar o senador Aécio Neves (PSDB/MG) e o deputado federal Rodrigo Rocha Loures (PMDB/PR), também citados na delação de Batista. “Age muito bem o STF. Não há outra opção que não seja essa. Se temos confirmação de que STF determinou o afastamento de parlamentares, temos a comprovação do que foi divulgado pela mídia.”

Delação
Em uma gravação feita por Joesley Batista, dono da JBS, em março deste ano, o presidente da República, Michel Temer (PMDB), dá o aval para que o silêncio do ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ) seja comprado.

O empresário informou a Temer que estava dando a Eduardo Cunha e ao operador Lúcio Funaro uma mesada na prisão para ambos ficarem calados. Diante da informação, Temer incentivou: “Tem que manter isso, viu?”. Na conversa, Temer indicou o deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) para resolver um assunto da J&F — holding que controla a JBS, maior produtora de carne do mundo. Posteriormente, Loures foi filmado pela Polícia Federal recebendo uma mala com R$ 500 mil enviados por Joesley. O dinheiro seria parte da mesada. (Com informações da Agência Estado)

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comDistrito Federal

Você quer ficar por dentro das notícias do Distrito Federal e receber notificações em tempo real?