Policial civil acusado de matar PM vai a júri popular no DF
O crime foi cometido em abril de 2019. O oficial da PM levou três tiros — dois no tórax e um no abdômen — e acabou morrendo
atualizado
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O policial civil Péricles Marques Portela Junior (foto em destaque), 39 anos, vai a júri popular para responder pela acusação de homicídio. O homem teria matado o tenente da Polícia Militar Herison de Oliveira Bezerra, em abril de 2019.
O crime ocorreu na casa noturna Barril 66, às margens da Estrada Parque Núcleo Bandeirante (EPNB). O oficial da PM levou três tiros — dois no tórax e um no abdômen. Ele chegou a ser levado ao Hospital Regional de Taguatinga (HRT), mas não resistiu aos ferimentos.
À época, câmeras de segurança da boate mostraram o momento dos disparos. Nas imagens, é possível ver o policial militar passando em frente ao agente. Eles se esbarram e, então, o policial civil saca a arma e atira. O PM chegou a pegar a pistola, mas foi alvejado antes. Aos delegados, o acusado alegou que havia agido em legítima defesa.
Confira o vídeo:
Péricles está preso desde que cometeu o crime. No momento dos disparos, a boate estava lotada. O estabelecimento tinha capacidade para 1,5 mil pessoas. Na ocasião, uma mulher também ficou ferida pelos disparos e precisou ser conduzida ao Hospital de Base do DF (HBDF).
Pessoas armadas
Um policial militar que atendeu a ocorrência disse à reportagem que estava numa viatura, perto da boate, quando ouviu os disparos. “Presenciamos muitas pessoas correndo, pulando a grade, as janelas. Tentamos ver se alguém estava armado, mas não vimos nada. Nos informaram que tinha um policial baleado no banheiro”, lembra.
“Entramos e encontramos ao menos cinco pessoas armadas na boate, entre policiais civis e militares”, destacou o PM, que pediu para não ser identificado.
Ainda de acordo com o militar, o tenente Herison estava deitado no chão, ferido, em estado grave. O Corpo de Bombeiros foi acionado e a equipe tentou localizar o atirador.
“Uma testemunha afirmou que o suspeito estava saindo do local. Corremos, pulamos a cerca e conseguimos detê-lo. Ele ficou dizendo que ia se entregar, mas demos voz de prisão, pedimos a arma e o levamos para a 21ª DP”, relatou o militar.