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Policiais presos podem ter beneficiado Lobão, Sarney, Gleisi e Collor

Quatro agentes que atuam no Senado foram presos durante Operação Métis nesta sexta-feira (21/10). Eles são acusados de tentar obstruir a Lava Jato

atualizado

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Marcos Oliveira/Agência Senado
Gleisi Hoffmann
1 de 1 Gleisi Hoffmann - Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

Presos nesta sexta-feira (21/10) pela Polícia Federal suspeitos de tentar obstruir investigações da Lava Jato, os quatros policiais legislativos teriam beneficiado senadores como Edison Lobão (PMDB-MA), o ex-presidente do Senado José Sarney (PMDB-AM), Gleisi Hoffmann (PT-PR) e Fernando Collor (PTB-AL). As informações são do Estadão e da Veja. Os parlamentares são alvos da operação que apura desvio de recursos da Petrobras.

Batizada de Métis, a ação deflagrada pela Polícia Federal nesta sexta foi divulgada em primeira mão pelo Metrópoles. Entre os policiais presos, está o diretor da Polícia Legislativa do Senado, Pedro Carvalho, além de Geraldo Cesar de Deus Oliveira, Everton Taborda e Antônio Tavares.

A senadora Gleisi admitiu, em nota, que, em junho deste ano, logo depois da operação de busca e apreensão realizada nas residências dela em Brasília e em Curitiba, que resultou na prisão do marido, Paulo Bernardo, solicitou ao Senado que a Polícia Legislativa fizesse uma varredura eletrônica nos dois imóveis. Mas a senadora diz que tudo foi feito dentro das “atribuições legais.” “Fiz o pedido formalmente. Tem processo no Senado com autorização formal para isso.”

Operação Métis
De acordo com a PF, durante a Métis, que faz referência à Deusa da Proteção, foram cumpridos nove mandados judiciais, todos em Brasília, sendo quatro de prisão temporária e cinco de busca e apreensão, um deles nas dependências da Polícia do Senado. Os mandados foram expedidos pela 10ª Vara Federal do Distrito Federal, a pedido da Procuradoria-Geral de República (PGR).

Os investigadores tiveram provas de que o grupo, liderado por Pedro Carvalho, tinha a finalidade de criar embaraços às investigações da PF. De acordo com as apurações, os policiais faziam um trabalho de contra-inteligência, com o objetivo de desmontar interceptações telefônicas tanto no Senado como em casas de parlamentares.

O diretor da Polícia Legislativa  é ligado ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e considerado intocável na Casa. Está à frente da Polícia Legislativa há mais de uma década. Além do Congresso Nacional, buscas e apreensões foram feitas nesta sexta nas casas dos suspeitos em algumas regiões do DF, como Águas Claras (foto).

 

 

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