Polícia investiga autoria de vídeo que compara candidato da OAB no DF a Hitler

Em conversa com o candidato à Ordem dos Advogados do Brasil no DF (OAB-DF) Paulo Roque, o diretor-adjunto da Polícia Civil, Anderson Spíndola, afirmou que a corporação dará prioridade às investigações acerca da autoria do vídeo que tem circulado desde o último fim de semana contra a chapa OAB Independente.

A montagem é uma adaptação do clássico meme que usa trecho do filme alemão “A Queda”, sobre as últimas horas de Adolf Hitler. Desta vez, o candidato Paulo Roque, da chapa OAB Independente, é quem está no papel do ditador nazista, acusado de manipular pesquisas e de mentir sobre a proposta de gastar apenas R$ 65 mil durante a campanha.

Conforme antecipado pelo Metrópoles no sábado, Paulo Roque protocolou uma notícia-crime e pediu a abertura de um inquérito policial. Os dois opositores do candidato, Délio Lins e Silva e Juliano Costa Couto, negaram envolvimento com a produção do material e criticaram o conteúdo veiculado. De acordo com a polícia, seria possível rastrear o celular do qual a mensagem foi enviada originalmente.

“A polícia afirmou que fará todo o esforço para concluir a investigação antes das eleições, em 16 de novembro. Da parte da Ordem Independente, entregamos o problema nas mãos de quem é de direito”, disse Roque, após a reunião com Spíndola.

O candidato diz desconfiar que a montagem tenha sido feita por profissionais. “Não é coisa de amador. Essa pessoa se esconde covardemente no anonimato da rede. Mas pedi a meus colaboradores e militantes que não respondam a esses ataques. A cada um deles, nós vamos revidar com propostas”, afirmou.

Oposição

À frente da chapa Somos Mais Ordem, Juliano Costa Couto afirmou não ter nenhuma participação no vídeo. “Não tenho razão nenhuma para fazê-lo. Paulo Roque é meu amigo e tenho profundo respeito por ele. Nunca ataquei o professor Paulo Roque e nunca o farei”, ressaltou o candidato à sucessão de Ibaneis Rocha, atual presidente da entidade.

O concorrente Délio Lins e Silva, do grupo OAB Pró-Advogado, também criticou os ataques ao rival. “É prejudicial para todos, além de ser de mau gosto e irresponsável. Acho covardia negar a autoria de uma mensagem como essa. Isso pode ter repercussão mundial. Imagina se uma pessoa recebe no grupo sem ser advogada, o que vai pensar da campanha da OAB?”, questionou o herdeiro político do ex-presidente da entidade Francisco Caputo.