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Pandora: ex-secretário do GDF diz que Durval mostrou arma em reunião

Depoimento se assemelha ao de empresários de informática. Titular da Educação no governo Arruda, José Luiz Valente é réu na Caixa de Pandora

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josé luiz valente, ex-secretário de educaçao, na gestão arruda
1 de 1 josé luiz valente, ex-secretário de educaçao, na gestão arruda - Foto: YouTube/Reprodução

O ex-secretário de Educação José Luiz Valente, titular da pasta no governo José Roberto Arruda (PR), relatou, pela primeira vez, ter feito uma reunião com o delator do esquema de corrupção investigado na Operação Caixa de Pandora, Durval Barbosa, na qual o ex-secretário de Relações Institucionais manteve uma arma em cima da mesa.

O depoimento, revelado pela primeira vez por Valente em depoimento à Justiça na tarde desta terça-feira (18/12), se assemelha ao de empresários da área de informática, que relataram ter sofrido ameaças de Durval, que também já presidiu a Companhia de Desenvolvimento do DF (Codeplan), para pagarem propina.

Valente é o primeiro membro do Executivo a fazer o relato: “A primeira vez que encontrei Durval, ele olhou para mim, colocou as mãos para trás e, com um revólver em cima da mesa, disse: ‘Bom dia, doutor Valente. O senhor quer trazer novidades para o DF?'”, disse.

O ex-secretário conversava com Barbosa sobre contratos de informática, em 2007, para a Secretaria de Educação, na época em que ainda era adjunto da pasta. “Levei isso ao Arruda, e a ordem que chegou para mim foi de ‘tocar o barco'”, afirmou.

A afirmação ocorreu durante a audiência no âmbito da Caixa de Pandora, que analisa o processo de formação de quadrilha. Valente é o quinto a depor nesta terça (18), na 7ª Vara Criminal de Brasília. Ao todo, serão oito depoentes. Para quarta (19), estão previstos mais sete.

Valente é acusado de ter recebido R$ 60 mil da Info Educacional, empresa contratada para prestar serviços ao GDF, segundo ele, por meio de licitação.

Valente nega as acusações. A defesa de Durval também nega que o delator do esquema tenha feito ameaças a quem quer que seja.

Interrogatórios
A audiência da Operação Caixa de Pandora, que analisa a ação de formação de quadrilha, começou às 9h18. Dezesseis réus respondem a essa ação, e 15 serão ouvidos. Por isso, os interrogatórios foram divididos em dois dias. “Pretendo ouvir oito réus hoje [terça] e sete amanhã [quarta]”, afirmou o juiz Newton Aragão.

Além de Valente, prestam depoimento Arruda; o ex-vice-governador Paulo Octávio; o ex-secretário de Planejamento Ricardo Penna; o ex-corregedor do DF Roberto Giffoni; o ex-secretário da Casa Civil José Geraldo Maciel, o ex-secretário de Obras Márcio Machado; o ex-porta-voz do governo Omézio Pontes; e o ex-assessor da Secretaria de Educação Adaílton Barreto Rodrigues.

A audiência ocorre no Tribunal do Júri em função do número de réus e advogados. Durval Barbosa não depõe porque já prestou todas as informações em sua delação.

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