Panatenaico: Via Engenharia é proibida de fechar contratos com governo
Empreiteira que construiu o Mané Garrincha ao lado da Andrade Gutierrez foi penalizada devido a suspeitas de corrupção
atualizado
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A empreiteira Via Engenharia está proibida de fechar contratos com o poder público. A medida, contudo, não afeta as obras em andamento, como a conclusão das estações do Metrô na 106 Sul e na 110 Sul. A decisão é da juíza Pollyana Kelly Maciel Medeiros Martins Alves, da 12ª Vara Federal no DF, e consta em uma das três ações penais abertas pela magistrada, que aceitou denúncia contra 12 investigados, conforme revelado pelo Metrópoles em primeira mão nesta quarta-feira (25/4). Entre eles, o dono da construtora, Fernando Márcio Queiroz (foto em destaque).
O nome do empresário é citado integrando os três núcleos criminosos, incluindo o terceiro, que se refere a servidores públicos envolvidos nos supostos desvios de recursos públicos do Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha.
Todos responderão por associação criminosa, corrupção passiva e ativa, fraude em licitação, desvios de recursos públicos e lavagem de dinheiro.
De acordo com a denúncia, a partir de 2008, a construção do Estádio Nacional de Brasília tornou-se fachada para um esquema de corrupção que englobou agentes públicos e dirigentes das construtoras Andrade Gutierrez e Via Engenharia. No texto, acatado pela juíza Pollyanna Kelly, a prática criminosa envolvia pagamentos de vantagens financeiras, fraudes de processo licitatório e desvios de recursos públicos.
Ação penal contra Maruska Lima, Nilson Martorelli, Alberto Nolli e Fernando Queiroz by Metropoles on Scribd
Ainda segundo a denúncia, Maruska e Nolli teriam fraudado a licitação para a construção do estádio, transformando o certame em um “jogo de cartas marcadas” que beneficiou a Andrade Gutierrez e a Via Engenharia.
Tanto Maruska quanto Martorelli solicitaram e receberam, direta e indiretamente, vantagens indevidas por terem direcionado o edital de licitação. A denúncia ainda relata que os dois tentaram maquiar o recebimento de valores pagos em forma de propina por meio de terceiros ou pela prestação de serviços jamais executados. A ex-presidente teria recebido R$ 177 mil, enquanto o colega supostamente embolsou R$ 400 mil.
Procurada, a Via Engenharia não havia retornado os contatos até a última atualização deste texto. A reportagem não localizou os demais citados, para que comentassem as denúncias.