No lugar do Caje, um centro de atendimento a crianças e adolescentes
TJDFT lança, nesta sexta-feira (13/11), a pedra fundamental do Centro de Justiça, Cidadania e Cultura, na 916 Norte. Espaço vai abrigar varas da infância e da juventude, núcleo social, centro de cultura e teatro
atualizado
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O espaço que por quase quatro décadas abrigou o Centro de Atendimento Juvenil Especializado (Caje), na 916 Norte, receberá um novo conjunto arquitetônico que, segundo o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT), traduzirá uma concepção mais moderna e humanizada de socialização de crianças e adolescentes.
No mesmo terreno, será edificado o Centro de Justiça, Cidadania e Cultura, com varas da infância e da juventude, núcleo social, centro de cultura, teatro, arena coberta, pavilhão de múltiplo uso e memorial, além de espaços voltados ao esporte e ao lazer abertos à comunidade. O objetivo é integrar, em um mesmo local, cultura, justiça, cidadania e paz social.
A edificação será feita em módulos que vão reunir instituições voltadas à promoção do atendimento especializado à criança e ao adolescente de forma sistêmica, diferenciada e integrada à comunidade. O projeto foi concebido pela Coordenadoria da Justiça da Infância e da Juventude do TJDFT, sob supervisão do juiz titular da Vara da Infância e da Juventude, Renato Rodovalho Scussel, idealizador da ação.
Às 10h desta sexta-feira (13/11), o TJDFT realiza cerimônia que marca o início das obras do conjunto de cinco blocos. O presidente da Corte, desembargador Getúlio de Moraes Oliveira, lançará a pedra fundamental do complexo e o início das obras do Módulo I, que vai abrigar o Fórum da Infância e Juventude.
Esse edifício contemplará a parte judicial, abrigando cinco varas com competência para infância e juventude, incluindo a Vara Regional de Atos Infracionais e a Vara de Execução de Medidas Socioeducativas.
Unicef
Dois protocolos já foram assinados para viabilização do complexo, um com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e outro com o Governo do Distrito Federal. Com o Unicef, o protocolo estabeleceu o compromisso para elaboração de estudos para implantação e funcionamento do Centro de Excelência Internacional do Unicef, com foco na garantia dos direitos das crianças e dos adolescentes. Com o GDF, o documento assinado em julho prevê a transferência do Núcleo de Atendimento Integrado para o terreno.
A obra foi projetada pela arquiteta do TJDFT, Sandra Henriques de Souza, e aprovada pelo Pleno Administrativo da Corte em novembro de 2014.
O Caje foi desativado em 2013. A demolição da estrutura ocorreu em março de 2014, e o terreno do TJDFT — um lote de 63 mil metros quadrados, cedido para o funcionamento da instituição de internação para adolescentes infratores — foi devolvido pelo GDF em setembro do ano passado.
Ao longo dos 38 anos em que funcionou, o Caje foi palco de centenas de rebeliões e ao menos 30 mortes.
Com informações do TJDFT