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Nenê Constantino passa mal em julgamento e é dispensado da Corte

Fundador da Gol, empresário de 86 anos teve pico de pressão no Tribunal de Taguatinga. Ele só voltará ao plenário para ser interrogado

atualizado

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1 de 1 nene constantino - Foto: Michael Melo/Metrópoles

O empresário Nenê Constantino, 86 anos, fundador da empresa aérea Gol, passou mal na noite desta segunda-feira (8/5) durante julgamento no Tribunal do Júri de Taguatinga. Constantino, que responde por homicídio qualificado, sofreu uma queda de pressão, recebeu atendimento médico e foi dispensado de estar no plenário nas próximas sessões por ser idoso e ter problemas cardíacos. No entanto, precisará retornar na fase em que os réus forem interrogados.

Constantino é acusado de ser o mandante do assassinato do líder comunitário Márcio Leonardo de Sousa Brito, que comandou invasão a um terreno onde funcionava uma garagem da Viação Pioneira, de propriedade de Constantino. O crime, ocorrido em outubro de 2001, teria sido encomendado para intimidar o grupo de cerca de 100 pessoas que estava no local.

Além de Nenê Constantino, outros quatro réus estavam no julgamento iniciado nesta segunda-feira (8): Vanderlei Batista Silva, João Alcides Miranda e João Marques dos Santos, acusados de conspiração do assassinato, e Victor Bethônico Foresti. O suposto responsável pelos disparos foi o quinto réu, Manoel Tavares, já falecido.

Vanderlei Batista também deixou a Corte na noite desta segunda (8) devido ao estado de saúde, ele faz tratamento de câncer e não pode ficar sentado por muitas horas.

Testemunhas
Durante o julgamento desta segunda (8), a delegada Mabel de Faria confirmou que Manoel Tavares foi o executor dos disparos contra a vítima. Ele teria sido contratado por João Alcides, por meio de Vanderlei, que era comandado por Constantino. Mabel contou ainda que havia conflitos entre o empresário e a vítima, por conta da ocupação de um terreno que ficava na garagem desativada da Pioneira.

O julgamento não tem data para acabar, mas a previsão é que se estenda até quinta-feira (11). As defesas, em conjunto, terão o tempo de quatro horas para réplica e outras quatro para tréplica. O Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT) terá o mesmo período.

No começo desta manhã, a movimentação na porta do fórum era intensa. Parentes dos acusados, da vítima e os advogados das partes do processo participaram do júri popular conduzido pelo juiz João Marcos Guimarães Silva. O MPDFT é representado pelo promotor Bernardo de Urbano Resende.

A defesa do empresário afirma que o julgamento será fundamental para provar a inocência de Constantino, que já foi absolvido, em 2015, da condenação de tentar matar seu ex-genro, Eduardo Queiroz Alves.

Adiamento
O julgamento chegou a ser iniciado no dia 20 de março, mas foi suspenso e remarcado para este mês depois que o representante do MPDFT, promotor Marcelo Leite, se recusou a participar do júri. O procurador pediu o adiamento da sessão alegando que a defesa de Constantino havia anexado grande volume de documentos ao processo uma semana antes do julgamento.

O advogado do empresário, Pierpaolo Bottini, insistiu na manutenção do júri e, como os documentos tinham sido anexados dentro do prazo judicial, o juiz João Marcos Guimarães Silva recusou o pedido do MPDFT e determinou a continuação do julgamento. O promotor, então, decidiu não participar da sessão.

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