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Naja: Justiça concede habeas corpus a jovem suspeito de tráfico de animais

Pedro Henrique Kambreck estava preso acusado de envolvimento em esquema de tráfico internacional de animais silvestres

atualizado

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Pedro Krambeck
1 de 1 Pedro Krambeck - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

O Tribunal de Justiça do DF e Territórios (TJDFT) concedeu habeas corpus a Pedro Henrique Kambreck, acusado de envolvimento com esquema de tráfico internacional de animais silvestres.

A prisão temporária foi revogada pela 2ª Vara Criminal, após pedido da defesa do suspeito.

Os advogados argumentaram que o universitário colaborou com as autoridades policiais nas investigações e, por essa razão, a detenção perdia o propósito.

Nesta sexta-feira (31/7), o estudante prestou depoimento por aproximadamente 3 horas. Segundo o delegado à frente da investigação, Willian Ricardo, Pedro falou “bastante coisa”. Os detalhes do que foi obtido na oitiva policial, porém, não foram divulgados.

Após o depoimento, Pedro seguiu direto para a carceragem do Departamento de Polícia Especializada (DPE) da PCDF, no Parque da Cidade, onde cumpria prisão temporária de cinco dias, prorrogáveis por mais cinco.

O mandado de prisão foi cumprido no Guará, no apartamento onde o suspeito mora com a mãe, Rose Meire, e o padrasto, o coronel da Polícia Militar do DF (PMDF) Clovis Eduardo Condi. O casal também é investigado por suposto crime ambiental e ocultação de provas.

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O estudante, de 22 anos, entrou na mira da Polícia Civil após ter sido picado por uma cobra Naja kaouthia que criava como animal de estimação, apesar de a serpente não ser natural de nenhum habitat brasileiro. A suspeita é que o animal tenha sido trazido para o Distrito Federal a partir de uma licença irregular, emitida por uma servidora do próprio Ibama, que já foi afastada do cargo.

Documento que faz parte da investigação, ao qual o Metrópoles teve acesso com exclusividade, aponta Pedro como traficante de animais e “não mero colecionador”.

Os investigadores constataram indícios de que Pedro, com outros investigados, estaria envolvido em uma associação criminosa responsável, entre outras condutas, pela destruição das provas relacionadas aos crimes ambientais.

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