Mulher e amante acusados de matar aposentado do TST vão a júri popular
Elizângela Almeida atraiu o ex-marido, Valdeci Carlos de Sousa, ao prometer reatar o relacionamento, mas tudo não passou de emboscada
atualizado
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A dupla acusada de planejar o assassinato de um servidor aposentado do Tribunal Superior do Trabalho (TST) irá a júri popular. Elizângela Almeida de Miranda de Sousa (foto em destaque) e seu amante, José Willamy de Melo Rayol, são acusados de torturar e atirar em Valdeci Carlos de Sousa. O crime bárbaro ocorreu em 18 de março do ano passado.
A decisão ocorre após denúncia apresentada pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) e acatada pelo Tribunal do Júri de Brasília.
José Willamy (foto abaixo) responde por homicídio triplamente qualificado por motivo torpe, emprego de meio cruel e uso de recurso que dificultou a defesa de vítima. Elizângela, por sua vez, é acusada de participar do delito, pois, segundo o MPDFT, atraiu a vítima para a morte.
De acordo com as investigações da 17ª Delegacia de Polícia (Taguatinga), Elizângela estava separada do servidor aposentado por conta da relação extraconjugal que mantinha com José Willamy.
Para encobrir o crime, a mulher comunicou o desaparecimento do marido no dia seguinte. O delegado-chefe da 17ª DP, Joás Rosa de Souza, disse que por pouco o casal não escapou.
O delegado informou que a mulher confessou o homicídio. Segundo a acusada, o amante deu um único tiro na cabeça da vítima. Em depoimento, contou, ainda, que antes de apertar o gatilho, o suspeito teria pedido para ela cobrir o rosto a fim de não ver o momento do assassinato.
Por sorte, câmeras vizinhas à residência da mulher apontaram o envolvimento dela no crime. De acordo com a Polícia Civil, a suspeita permaneceu no imóvel da família, em Ceilândia, com o amante, José Willamy, em uma ação premeditada. Ela teria atraído o ex para a residência dando-lhe expectativas de reatar o relacionamento. Mas, conforme apurações, tratava-se de uma emboscada.
No imóvel, depois de dominarem o homem, eles o colocaram no veículo e rodaram por todo o Distrito Federal. A mulher estava na direção do automóvel. O amante seguia torturando Valdeci de Sousa no banco traseiro.
Saques e celular roubado
Após horas de tortura, provavelmente no intuito de conseguir as senhas bancárias, os autores mataram o idoso com a própria arma dele e jogaram o corpo no cerrado, às margens da DF-001. A dupla retornou para casa.
O delegado disse que José Willamy de Melo Rayol tem nomes de mulheres tatuados pelo corpo. Segundo informou o policial, o casal fez saques na conta do aposentado.