metropoles.com

MPDFT recorrerá da absolvição de PMs acusados de matar Amarildo do DF

Na segunda-feira (20/6), a juíza Catarina de Macedo Nogueira Lima e Correa, da Justiça de Planaltina, determinou a soltura dos sargentos da PM Silvano Dias de Sousa e Carlos Roberto José Pereira, suspeitos de assassinar o auxiliar de serviços gerais Antônio Pereira de Araújo em 2013

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Reprodução
1 de 1 - Foto: Reprodução

O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) recorrerá da decisão que absolveu os dois sargentos da Polícia Militar acusados do assassinato do auxiliar de serviços gerais Antônio Pereira de Araújo, no caso que ficou conhecido como “Amarildo do DF”.

Na noite de segunda-feira (20/6), a Justiça de Planaltina absolveu Silvano Dias de Sousa e Carlos Roberto José Pereira, acusados de matar Araújo em 27 de maio de 2013. A decisão ainda determinou que os dois fossem soltos imediatamente.

“Tendo sido eles agora absolvidos, determino que seja expedido alvará de soltura, a fim de que
sejam imediatamente colocados em liberdade”, determinou a juíza Catarina de Macedo Nogueira Lima e Correa, da Segunda Vara Criminal e Segundo Juizado Especial Criminal de Planaltina.

O caso de Antônio Pereira de Araújo ficou conhecido como “Amarildo do DF”, em referência ao assassinato do ajudante de pedreiro carioca que sumiu após abordagem policial na Favela da Rocinha, no Rio de Janeiro, em julho de 2013.

Antônio Pereira de Araújo desapareceu dois meses antes de Amarildo, em 26 de maio de 2013. Ele saiu de casa, no Arapoanga, em direção à casa do irmão mais velho, no mesmo setor de Planaltina. No caminho, Antônio se perdeu e parou na frente da chácara de um sargento da PM no Córrego do Atoleiro, área próxima à região.

Assustado, o policial pediu ajuda ao 14º Batalhão. Duas viaturas, com seis policiais, foram atender ao chamado. Entre eles, os dois acusados. Antônio foi levado para a 31ª Delegacia de Polícia na madrugada do dia 27. De acordo com os policiais civis e militares, que participaram do processo, eles interrogaram Antônio, pesquisaram se possuía ficha criminal e o liberaram em seguida.

Desaparecimento
Mas o auxiliar de serviços gerais, que tinha 32 anos à época, não voltou para casa. O inquérito sobre o desaparecimento de Antônio só foi aberto meses depois. O caso saiu da 31ª DP e ficou sob a responsabilidade da Delegacia de Repressão a Sequestros. À época, o responsável pelo caso era o delegado Leandro Ritt. Ele acreditava em abandono do lar. Ritt chegou a receber uma informação de que Antônio teria sido visto em um canavial de Formosa (GO) e no município JK, também em Goiás. Nenhuma das duas se confirmou.

A procura só terminou em 21 de novembro de 2013, quando a ossada de Antônio foi encontrada em frente à Quadra 16 do setor Buritis 3, em Planaltina. A região de vegetação nativa do cerrado fica a pouco mais de 1km de distância da 31ª DP. O exame de DNA confirmou que os restos mortais eram mesmo de Antônio. Em janeiro de 2014, o Instituto de Medicina Legal (IML) apontou a causa da morte do auxiliar. Segundo o laudo, Antônio sofreu violência física, como socos e pontapés. Teve quatro costelas fraturadas.

Somente dois anos depois, no dia 1º de julho de 2015, o crime foi elucidado. Para isso, o caso foi transferido da Divisão de Repressão a Sequestros (DRS) para a Coordenação de Homicídios II. As investigações mudaram de foco. Os dois policiais militares acabaram indiciados no fim de maio daquele ano e denunciados em seguida pelo Ministério Público (MP) por crime de tortura seguida de morte cometida por agente público. A pena podia chegar a 21 anos de prisão.

A Segunda Vara Criminal de Planaltina acatou a denúncia contra os sargentos da Polícia Militar em 1º de julho do ano passado, transformando os dois em réus do processo. Na noite de segunda (20), absolveu a dupla.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comDistrito Federal

Você quer ficar por dentro das notícias do Distrito Federal e receber notificações em tempo real?