MPDFT pede ao STF compartilhamento de Operação Registro Espúrio
Deputada Sandra Faraj e Filippelli são citados em representação inicial da PF. Órgão quer saber qual a participação deles nas investigações
atualizado
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O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) pediu autorização ao ministro Luiz Edson Fachin para compartilhamento do inquérito da Polícia Federal (PF) que cita a suposta participação do ex-vice-governador do Distrito Federal Tadeu Filippelli (MDB), no âmbito da Operação Registro Espúrio. A distrital Sandra Faraj (PR) também é alvo do pedido do MPDFT. Isso porque, a PF acredita que uma pessoa identificada por “Sandra” nas escutas, possa ser a parlamentar, que há época era do partido Solidariedade.
Manifestação da Assessoria Criminal do Ministério Público by Metropoles on Scribd
Em maio de 2017, o nome de Filippelli foi citado em troca de mensagens entre Noberto Martins e Renato Araújo Júnior, então chefe de gabinete da Secretaria de Relações do Trabalho do ministério. Depois disso, Renato chegou a ser promovido a coordenador-geral de registro sindical, cargo que exerceu até semana passada, quando foi dispensado após a operação ser deflagrada.
Ainda no último dia 10, Alexandre Queiroz, advogado de Filippelli, disse não ter sido informado sobre a investigação da PF e, por isso, não iria comentar as denúncias. Em nota encaminhada pela assessoria de imprensa, Sandra Faraj alegou não conhecer nenhuma das pessoas citadas.
“Não há qualquer menção nos diálogos divulgados à parlamentar, mas, sim, apenas a uma outra Sandra. Esclarecemos ainda que a deputada tomará todas as providências cabíveis para esclarecer esse equívoco”, diz o documento.
Sobre a possível interferência do secretário-geral do PTB, Noberto Martins, e do presidente Roberto Jefferson nas liberações dos registros de sindicatos, o partido mandou a seguinte nota: “A direção afirma que jamais participou de quaisquer negociações espúrias no Ministério do Trabalho e declara que, se for comprovado na Justiça o envolvimento de petebistas no referido esquema investigado pela Polícia Federal, os culpados, se houver, devem assumir suas responsabilidades perante a sociedade”.
O Ministério do Trabalho divulgou, no dia 1° de junho, uma nota informando que abriu uma sindicância administrativa para apurar responsabilidades e punir os envolvidos nas irregularidades, mediante a aplicação das penalidades cabíveis.
Pedido de compartilhamento de provas encaminhado para o ministro Edson Fachin by Metropoles on Scribd
“Os servidores envolvidos nas investigações foram dispensados dos cargos de confiança que ocupavam na Pasta. O Ministério do Trabalho reitera seu compromisso com a legalidade, a moralidade e a ética, que devem permear as ações da Administração Pública, e informa que colaborará de forma irrestrita com as investigações.”, completou a pasta.