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MPDFT denuncia mãe que matou a própria filha a facadas

Ministério Público entendeu que Laryssa Yasmim Pires de Moraes cometeu homicídio quadruplamente qualificado

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1 de 1 WhatsApp-Image-2020-02-13-at-10.18.321 - Foto: Reprodução

O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) denunciou, nesta segunda-feira (02/03/2020), a jovem Laryssa Yasmim Pires de Moraes, 21 anos, pelo assassinato a facadas da própria filha, Júlia Felix de Moraes, de apenas 2 anos, no dia 13/02/2020. No entendimento da 3ª Promotoria de Justiça Criminal e do Tribunal do Júri de Águas Claras, a mãe cometeu um homicídio quadruplamente qualificado.

A decisão aumenta em duas as qualificadoras do inquérito finalizado pela 12ª DP (Taguatinga Centro). Além de motivo torpe e impossibilidade de defesa da vítima, o MPDFT entendeu que foi empregado meio cruel e em contexto de violência doméstica e familiar, o que caracteriza feminicídio. Laryssa está presa preventivamente desde 14/02/2020.

O crime ocorreu na Chácara 148 da Colônia Agrícola Samambaia, em Vicente Pires, e ganhou repercussão nacional. Em depoimento na 12ª Delegacia de Polícia, Laryssa narrou detalhes de como executou, a facadas, a própria filha. Segundo a jovem, o crime ocorreu na cozinha da quitinete de apenas três cômodos onde vivia com o pai da criança.

A assassina contou que, após ter acordado por volta de 5h30, colocou sobre a pia um colchão de berço e levou a filha até a bancada. “Tentou, primeiro, dar uma facada, mas não deu certo. A bebê começou a chorar. Foi aí que ela tentou sufocar com a mão, fechou os olhos e acertou outras duas vezes”, descreve o delegado Josué Ribeiro, chefe da 12ª DP.

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Laryssa com a filha, Júlia, no colo
Giuvan Félix, pai da criança assassinada em Vicente Pires
Laryssa era muito ativa nas redes sociais. Em uma das postagens, destacou um post com a frase: "A primeira obrigação de um bom pai é respeitar a mãe de seus filhos"
Corpo da vítima sendo levado pelo IML
Polícia Civil no local onde ocorreu o crime, na Colônia Agrícola Samambaia, em Vicente Pires
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Laryssa e Giuvan com a pequena Júlia no Zoológico

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Laryssa com a filha, Júlia, no colo

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Giuvan Félix, pai da criança assassinada em Vicente Pires

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Laryssa era muito ativa nas redes sociais. Em uma das postagens, destacou um post com a frase: "A primeira obrigação de um bom pai é respeitar a mãe de seus filhos"

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Corpo da vítima sendo levado pelo IML

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Polícia Civil no local onde ocorreu o crime, na Colônia Agrícola Samambaia, em Vicente Pires

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Polícia Civil no local do crime

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O caso está sendo investigado por policiais da 12ª Delegacia de Polícia

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A mãe da criança foi presa suspeita de ser autora do crime

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Perícia foi feita no apartamento onde a menina foi assassinada

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PCDF ficou responsável pela investigação do caso

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Após tirar a vida da criança, Laryssa foi ao quarto onde o pai de Júlia dormia e tentou acertá-lo. Ex-companheiro da assassina confessa, Giuvan Félix teria acordado assustado e, na tentativa de desarmar a mulher, acabou se ferindo no rosto.

Depois de tomar a faca de Laryssa, ele se deparou com a filha ensanguentada e acionou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). “Enquanto Giuvan estava no telefone, ela guardou a faca e escondeu na área de serviço o colchão, que encontramos após voltarmos à casa”, ressalta o delegado.

Laryssa confessou, ao ser presa em flagrante, que havia matado a criança. Em depoimento na 12ª DP, mudou a versão e passou a acusar o pai da vítima. No entanto, a polícia diz que Giuvan não teve participação no crime. E acredita que o jovem possa ter sido dopado pela mãe de Júlia.

Presa em flagrante, Laryssa vai responder por homicídio duplamente qualificado e lesão corporal. Caso condenada, a mulher pode pegar de 12 a 30 anos de pena.

Em depoimento à PCDF, Giuvan informou sobre uma suposta tentativa de Laryssa matar a filha afogada em uma banheira. Em sua defesa, a mãe da menina disse que apenas havia saído do banheiro e deixado Júlia sozinha. Quando voltou, a garotinha estava se afogando.

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