MPDFT ajuíza ação contra acusados de exigir propina do SindSaúde
Pedido de pagamento foi direcionado à presidente do sindicato para resolver um suposto problema na renovação de código de desconto
atualizado
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O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) propôs, nesta segunda-feira (14/8), ação de improbidade administrativa contra quatro pessoas acusadas de se aproveitar dos cargos que ocupavam no GDF para exigir propina do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde de Brasília (SindSaúde-DF).
Segundo o MPDFT, o dinheiro seria lavado por meio de contrato fictício com a empresa Netsaron Corretora de Seguros. A quarta acusada, Beatriz Casagrande Simplício da Silva, é filha de Edvaldo e seria administradora da empresa Netsaron.Na petição, o órgão alega que Edvaldo Simplício da Silva, Valdecir Marques de Medeiros e Christian Michael Popov teriam pedido o pagamento a Marli Rodrigues (foto em destaque), presidente do SindSaúde, para resolver um suposto problema na renovação do código de desconto para consignação em folha dos filiados ao sindicato.
O MPDFT pede que os quatro sejam condenados à perda dos cargos públicos; à suspensão dos direitos políticos pelo prazo de três a cinco anos; ao pagamento de multa de até 100 vezes o valor da remuneração recebida; e à proibição de contratar com o Poder Público ou de receber benefícios ou incentivos fiscais pelo prazo de três anos.
Operação Delfos
Deflagrada em agosto de 2016, a Operação Delfos investiga a associação criminosa de servidores públicos e comissionados do Distrito Federal para obter vantagens ilícitas. Participaram das investigações a 4ª Promotoria de Justiça de Defesa dos Usuários da Saúde (Prosus) e a Delegacia de Repressão aos Crimes contra a Administração Pública (Decap), com apoio da 5ª Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público (Prodep). (Com informações do MPDFT)