Médica acusada de matar o próprio filho vai a júri popular no DF
Juiz considerou que Juliana Pina de Araújo agiu com “dolo homicida” e empregou meio cruel para matar criança de 3 anos
atualizado
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A Justiça decidiu que a médica Juliana Pina de Araújo vai a júri popular. A pediatra é acusada de matar o próprio filho, João Lucas de Pina Feitosa, 3 anos, em 27 de junho de 2018, no seu apartamento, na Asa Sul. Na sentença, o juiz Frederico Cardoso Maciel ressaltou que a mulher agiu com “dolo homicida, provocou insuficiência respiratória e lesões perfuroincisas” no menino.
Juliana está internada em uma instituição psiquiátrica desde o dia em que foi detida. O juiz negou a ela o direito de responder em liberdade e determinou que permaneça na clínica até o julgamento.
Conforme a decisão, o homicídio praticado contra João Lucas foi agravado devido ao meio cruel praticado contra a vítima, emprego de recurso que dificultou a defesa e o fato de ter sido cometido contra descendente com idade inferior a 14 anos.
Tragédia
O crime ocorreu por volta das 17h40 de uma quarta-feira, na 210 Sul, no quarto andar do Bloco J. A criança chegou a ser levada ao Hospital Materno Infantil (Hmib), mas os médicos não conseguiram restabelecer os sinais vitais. Ao lado do filho da servidora, havia uma mamadeira e remédios de uso controlado.
Segundo o porteiro do bloco contou à polícia, Juliana teria descido do apartamento e dito que tinha matado o próprio filho e tentado tirar a própria vida, após cortar o pescoço e os pulsos. Mãe e filho foram levados ao hospital pelo funcionário e um morador do prédio, no carro da própria médica.