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Manoelzinho do Táxi vira réu por improbidade

O conselheiro do Tribunal de Contas do DF é acusado de retardar processo sobre fiscalização de licença de taxistas

atualizado

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Jocil Serra/Agencia Phocus
Conselheiro do TCDF, Manoel de Andrade
1 de 1 Conselheiro do TCDF, Manoel de Andrade - Foto: Jocil Serra/Agencia Phocus

O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) acatou denúncia contra o conselheiro do Tribunal de Contas local (TCDF) Manoel de Andrade, o “Manoelzinho do Táxi”. Dessa forma, ele se torna réu em processo que apura suspeita de interferência em uma auditoria entre 2014 e 2015. As informações são do site G1.

Segundo a Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público (Prodep), que ajuizou a ação de improbidade administrativa contra Manoelzinho do Táxi, ele agiu para evitar que eventual medida adotada pelo TCDF viesse a prejudicá-lo.

Manoel é permissionário de táxi desde 1977 e conselheiro do TCDF desde 2000. O processo de fiscalização dos serviços de táxi foi iniciado em 2008 e o conselheiro atuou até 2015, quando a divulgação da imprensa o levou a sair do caso. O regimento interno do TCDF prevê que conselheiros que tenham interesse pessoal em determinado procedimento estão impedidos de atuar.

Apesar disso, Manoel participou de, pelo menos, cinco votações relacionadas ao caso. Em 12 de agosto de 2014, ele pediu vista do processo e só devolveu os autos em 17 de agosto de 2015, embora o regimento interno da corte preveja que o conselheiro que pedir vista tem prazo para devolução de dez dias.

Segundo o promotor de Justiça Rodrigo de Araújo Bezerra, as irregularidades são evidentes. “Ele não poderia atuar desde o início, mas participou de cinco decisões. E pior, ficou com o processo parado mais de um ano e, quando apresentou o voto, pediu o arquivamento para evitar que sua situação como permissionário de táxi fosse ameaçada.”

Ao Metrópoles, o conselheiro disse que não tem nada a temer e que, embora ainda não tenha tomado inteiro teor da ação, vai responder “item por item”. Ele admitiu ser dono de uma concessão de táxi, datada de 1976, que é utilizada por um sobrinho, mas nega qualquer tipo de interferência. “A placa de táxi está na minha alma”, destacou, se referindo à sua trajetória como taxista. A profissão lhe garantiu mandato de deputado distrital, até ser indicado em 2000, pelo então governador Joaquim Roriz, à Corte de contas.

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