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Máfia das Próteses: acusado de queimar documentos no DF é inocentado

Juiz da 2ª Vara Criminal de Brasília entendeu que faltavam provas contra o médico Fabiano Duarte, investigado na Operação Mr. Hyde

atualizado

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1 de 1 máfiadaspróteses - Foto: Michael Melo/Metrópoles

Acusado de queimar evidências durante as investigações da Operação Mr. Hyde, que desbaratou esquema conhecido como Máfia das Próteses, no ano passado, o médico Fabiano Duarte Dutra foi inocentado por falta de provas pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT).

Denunciado em outubro de 2016, na terceira fase da ação, por “embaraçar as investigações” e destruir documentos que poderiam incriminá-lo, Dutra havia sido preso preventivamente. À época, os investigadores encontraram filmagens do médico queimando prontuários, pen-drives e HDs. Eles foram aos locais indicados por denúncia anônima, no Parque Ecológico Dom Bosco, e encontraram o material incinerado.

O médico chegou a admitir que destruiu os objetos. A partir disso, o Ministério Público o denunciou e pediu condenação por ocultação de provas. Porém, o juiz Redivaldo Dias Barbosa, da 2ª Vara Criminal de Brasília, inocentou o acusado.

O magistrado confirmou a destruição dos materiais e considerou a atitude “altamente suspeita”, por ter procurado um local distante. No entanto, o juiz afirmou que não era possível caracterizar a prática como “ocultação de provas”.

Dias Brabosa sustentou que “inexistindo, portanto, a materialidade da destruição, supressão, ou ocultação de provas, não há como se entender que a atitude do réu, igualmente, impediu ou embaraçou a investigação criminal envolvendo organização criminosa”.

Dutra trabalhava como coordenador de Ortopedia da Secretaria de Saúde do DF e no hospital particular Home. Ele foi exonerado três dias após a decretação da prisão preventiva.

Operação Mr. Hyde
A Máfia das Próteses do DF foi desarticulada em 1º de setembro de 2016, na Operação Mr. Hyde, realizada em conjunto pela Polícia Civil e o Ministério Público local. Treze suspeitos foram presos, entre médicos e pessoas relacionadas à empresa TM Medical.

O grupo é acusado de enganar planos de saúde e, principalmente, pacientes, que eram submetidos a cirurgias desnecessárias e com materiais de baixa qualidade para que o bando pudesse aumentar seu lucro. Apenas no ano passado, a ação da máfia tinha atingido 60 pessoas. Os acusados também são suspeitos de ameaçar e atentar contra a vida de testemunhas.

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