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Justiça recebe denúncia do MPDFT e assassinas de Rhuan viram rés

Mãe do menino e companheira foram acusadas por lesão corporal gravíssima, tortura, ocultação e destruição de cadáver e fraude processual

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1 de 1 criminosas2 - Foto: Michael Melo/Metrópoles

O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) recebeu, nesta terça-feira (25/06/2019), a denúncia oferecida pelo Ministério Público (MPDFT) contra Rosana Auri da Silva Candido, mãe de Rhuan Maycon da Silva Castro, e Kacyla Priscyla Santiago Damasceno Pessoa, sua companheira. Elas foram acusadas por homicídio qualificado, lesão corporal gravíssima, tortura, ocultação e destruição de cadáver e fraude processual. As duas são autoras confessas do assassinato do menino, de 9 anos.

O crime ocorreu em 31 de maio, em Samambaia. No entendimento do MPDFT, as denunciadas premeditaram o assassinato, planejando como executariam e destruiriam o corpo da criança. De acordo com as investigações, na noite do assassinato, a dupla esperou Rhuan dormir para cumprir o plano. Rosana, a mãe, desferiu o primeiro golpe no peito do menino, que acordou com o ataque. Kacyla o segurou para que Rosana desferisse as outras facadas. Por fim, a mãe decepou a cabeça do filho ainda com vida.

Entre as qualificadoras do homicídio apontadas pelo MPDFT estão o motivo torpe, o meio cruel e o recurso que impossibilitou a defesa da vítima. O primeiro diz respeito ao sentimento de ódio que Rosana nutria em relação à família paterna da criança. Em relação ao segundo, a criança recebeu, ao menos, 11 facadas e foi degolada ainda viva. Por último, Rhuan foi atacado enquanto dormia.

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Bueiro onde parte do corpo de Rhuan foi jogado, em Samambaia
Após matarem a criança, as duas assassinas esquartejaram o corpo e o colocaram em duas mochilas e uma mala
Depois, tentaram queimar o cadáver em uma churrasqueira
Camisa usada pelo menino na hora do crime
Delegado Guilherme Sousa, responsável pelo caso
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Rhuan Maycon da Silva Castro, de 9 anos, foi assassinado pela própria mãe e pela companheira dela: partes do corpo foram achadas pelos policiais ainda na casa da família

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Bueiro onde parte do corpo de Rhuan foi jogado, em Samambaia

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Após matarem a criança, as duas assassinas esquartejaram o corpo e o colocaram em duas mochilas e uma mala

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Depois, tentaram queimar o cadáver em uma churrasqueira

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Camisa usada pelo menino na hora do crime

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Delegado Guilherme Sousa, responsável pelo caso

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Crime foi investigado pela equipe da 26ª DP. As duas mulheres foram presas em casa, logo após cometerem o assassinato

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Médico-legista do Instituto de Medicina Legal da PCDF Christopher Diego B. Martins

JP Rodrigues/Metrópoles

Após o assassinato, a dupla esquartejou, perfurou os olhos e dissecou a pele do rosto da criança. Elas também tentaram incinerar partes do corpo em uma churrasqueira, com o intuito de destruir o cadáver e dificultar o seu reconhecimento. Como o plano inicial não deu certo, elas colocaram partes em uma mala e duas mochilas. Rosana jogou a mala em um bueiro próximo à residência onde ocorreu o crime. Antes que ocultasse as duas mochilas, moradores da região desconfiaram da atitude da mulher e acionaram a polícia, que prendeu as duas autoras em flagrante, em 1º de junho.

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O garoto foi morto pela própria mãe
Rhuan com o pai: dois anos de buscas pelo menino
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Apelos por informações que levassem ao menino Rhuan foram postados nas redes sociais

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O garoto foi morto pela própria mãe

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Rhuan com o pai: dois anos de buscas pelo menino

Foto cedida ao Metrópoles
Tortura e lesão corporal

Desde 18 de dezembro de 2014, Rosana vivia com o filho de maneira clandestina. Rhuan foi retirado à força dos cuidados dos avós paternos e era procurado pela família. Até a sua morte, a criança foi submetida a intenso sofrimento físico e mental como forma de castigo pessoal. Enfrentou desprezo e privações. Foi impedido de manter contato com outras pessoas. Ele também não frequentava a escola.

Um ano antes do assassinato, a dupla extraiu os testículos e o pênis de Rhuan, em casa, de forma rudimentar, sem anestesia ou acompanhamento médico. Por esses crimes, elas foram denunciadas por tortura e lesão corporal gravíssima. (Com informações do MPDFT)

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