Justiça nega pedido de colégio para proibir, na internet, vídeos em que professores agridem aluno
Ipê Centro Educacional, de Águas Claras, havia conseguido liminar que censurava a divulgação desses conteúdos no Google e Facebook, mas juiz reviu a decisão
atualizado
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O juiz da 1ª Vara de Cível de Taguatinga negou o pedido do Ipê Centro Educacional, em Águas Claras, para proibir a publicação de vídeos e áudios nos sites e nas redes sociais gerenciados pelo Google e pelo Facebook. As imagens mostram professores agredindo alunos dentro das dependências do colégio.
Segundo a escola, os vídeos e os áudios “denigrem a imagem da instituição”. Em decisão liminar, o juiz deferiu, em parte, o pedido e determinou que o Google e o Facebook bloqueassem o acesso aos conteúdos que aparecessem sob a busca “maus-tratos”, “escola em Águas Claras” e “Colégio Ipê”, e as combinações entre si, sob pena de multa diária de R$ 1 mil.Os réus apresentaram defesa e alegaram a legalidade das publicações. Apesar de o magistrado ter concordado com a decisão liminar que decretou a proibição, ele mudou a percepção e entendeu que o pedido inicial deve ser julgado improcedente. A decisão não é definitiva e pode ainda ser objeto de recurso.
Maus-tratos
Em setembro do ano passado, três professoras do Colégio Ipê foram denunciadas pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) depois que um vídeo circulou pelas redes sociais. A mídia mostrava professoras debochando de um garoto de 3 anos que teria feito xixi na roupa e ameaçando deixá-lo nu ou só de cueca “para aprender”.
O menino diz “não” repetidas vezes e chora ao fundo. “Olha ali a cueca dele toda molhada. Eco. Olha gente. Vai andar de cueca para nunca mais fazer xixi na roupa”, disse uma delas. (Com informações do TJDFT).