Justiça marca primeira audiência do caso Jessyka, assassinada por PM
Em 10 de agosto, serão ouvidas testemunhas e também o réu, o soldado da PM Ronan Menezes, acusado de matar a jovem a tiros, em 4 de maio
atualizado
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Quase três meses após o assassinato de Jessyka Laynara da Silva Souza, 25 anos, morta a tiros pelo soldado da Polícia Militar Ronan Menezes em 4 de maio, a Justiça marcou a primeira audiência para ouvir o réu e testemunhas do caso que chocou o Distrito Federal.
O início da fase de instrução do processo foi marcado pelo Tribunal do Júri de Ceilândia para o dia 10 de agosto, às 14h30. Na ocasião, familiares e amigos pretendem realizar novo protesto por Justiça.
“O juiz irá decidir se ele [o réu] vai ou não a júri popular. Vamos fazer uma passeata em frente ao fórum”, disse ao Metrópoles a técnica de enfermagem Adriana Maria da Silva, 39 anos, mãe da jovem.
O crime
Jessyka e Ronan tiveram um longo relacionamento, e o rapaz não aceitava o término. Após ameaçar e agredir a jovem por diversas vezes, o policial suspeitou que ela estava tendo um caso com o professor de academia Pedro Henrique da Silva Torres, 29.
O PM foi até o local onde o rapaz trabalhava e atirou contra ele. Pedro foi levado ao hospital, onde passou por cirurgia e conseguiu se recuperar.
Jessyka, no entanto, não teve a mesma sorte. Voltando da academia, Ronan foi até a casa onde ela morava com a avó e disparou quatro vezes contra a moça, que não resistiu aos ferimentos e morreu no local.
Antes de morrer, Jessyka registrou, em fotos, os machucados provocados pelo PM ao espancá-la. Confira essa e outras imagens abaixo:
A jovem também deixou áudios, encaminhados a uma amiga, sobre o dia no qual foi brutalmente espancada por Ronan: