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Justiça mantém na cadeia investigados da máfia das funerárias

Dos nove detidos em 26 de outubro deste ano, seis ficarão encarcerados, entre eles o médico Agamenon Borges, considerado o chefe do esquema

atualizado

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mafia das mortes funerarias
1 de 1 mafia das mortes funerarias - Foto: Michael Melo/Metrópoles

A Justiça do Distrito Federal converteu em preventiva a prisão dos investigados na máfia das funerárias. Dos sete detidos, apenas dois ganharam a liberdade após cumprirem os cinco dias da temporária. A ação criminosa foi desarticulada em 26 de outubro no âmbito da Operação Caronte, coordenada pela Corregedoria-Geral da PCDF, com apoio do Mistério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT).

Seguem presos: o médico Agamenon Martins Borges, Jocileudo Dias Leite, Samuel Aguiar Veleda, Cláudio Barbosa Maciel Filho, Cláudio Barbosa Maciel, Augusto Cesar Ribeiro Dantas e Conrado Augusto de Farias Borges. Alex Bezerra do Nascimento e Valtercícero dos Santos foram soltos. Permanecem foragidos: Reandreson Miranda dos Santos, Miriam Sampaio dos Santos e Marcelo de Oliveira Silva. O trio também teve a prisão convertida em preventiva.

De acordo com as investigações, a organização criminosa falsificava atestados de óbito no Distrito Federal. Os suspeitos cobravam até R$ 6 mil das famílias e fizeram centenas de vítimas.

Os valores cobrados pelas funerárias eram superfaturados. Os donos diziam que o atestado de óbito sairia de graça, mas, na verdade, estava tudo embutido no preço do velório e do enterro.

A denúncia chegou à Corregedoria da PCDF após a suspeita da suposta participação de policiais no esquema. Contudo, as investigações mostraram que o grupo utilizava o sistema de rádio do Instituto Médico Legal (IML) e chegava aos locais onde tinham pessoas com morte aparentemente natural antes do rabecão.

Os criminosos, geralmente, se passavam por servidores do IML. Alegavam aos parentes das vítimas que uma equipe iria prestar assistência ou funerária ligada ao grupo poderia ajudá-los.

Áudios
Confiante na impunidade, o médico-legista Agamenon Martins Borges zombava de familiares de pessoas mortas que pagavam valores exorbitantes por serviços funerários. Em conversas com os comparsas, gargalhava por conseguir vender atestados de óbito — documento público e gratuito —, comemorava o fato de um sobrinho sem qualquer formação assinar como profissional de medicina e determinava que as finanças da quadrilha se mantivessem organizadas (ouça abaixo).

Em outro áudio obtido pelo Metrópoles, um integrante da máfia das funerárias fala, por telefone, com o neto de uma idosa que acabara de falecer. O criminoso se apresenta como agente Carvalho, que seria servidor do Instituto Médico Legal (IML).

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