Justiça do DF mantém preso PM acusado de matar ex-namorada
Decisão do juiz Lucas Sales da Costa Neto do Tribunal do Júri de Ceilândia é para proteger a “integridade física e psíquica de testemunhas”
atualizado
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O juiz Lucas Sales da Costa Neto do Tribunal do Júri de Ceilândia decidiu manter preso o soldado da Polícia Militar do Distrito Federal Ronan Menezes. Ele é acusado de matar a tiros a ex-namorada Jéssyka Laynara da Silva Souza, 25 anos. De acordo com o magistrado, a soltura do PM colocaria em risco “a integridade física e psíquica de testemunhas, vítima sobrevivente e familiares”. A decisão saiu nessa quarta-feira (21/11).
Para o juiz, o fato de o acusado representar uma “autoridade policial” configura um fato agravante, pois do servidor militar “se espera conduta distinta no que tange ao próprio controle da ordem social”. Na decisão, Lucas Sales cita ocorrências e depoimentos nos quais Ronan é acusado de ameaçar Jessyka e seus familiares.
O crime
Jessyka e Ronan tiveram um longo relacionamento, e o rapaz não aceitava o término. Após ameaçar e agredir a jovem por diversas vezes, o policial suspeitou que ela estava tendo um caso com o professor de academia Pedro Henrique da Silva Torres, 29.
No dia 4 de maio deste ano, o PM foi até o local onde o rapaz trabalhava e atirou contra ele. Pedro foi levado ao hospital, onde passou por cirurgia e conseguiu se recuperar.
Jessyka, no entanto, não teve a mesma sorte. Voltando da academia, Ronan foi até a casa onde ela morava com a avó, em Ceilândia, e disparou quatro vezes contra a moça, que não resistiu aos ferimentos e morreu no local.
Antes de morrer, Jessyka registrou, em fotos, os machucados provocados pelo PM ao espancá-la. Confira essa e outras imagens abaixo: