Justiça do DF manda soltar acusada de matar ex com ajuda do amante

A defesa de Elizângela Almeida de Miranda e Sousa, 41 anos, presa e acusada pela Polícia Civil do DF de torturar e matar o ex-marido, servidor aposentado do Tribunal Superior do Trabalho (TST), conseguiu habeas corpus para a cliente. Os advogados alegaram demora da promotoria e da acusação em produzir provas contra a mulher. O pedido foi atendido, nessa quinta-feira (11/10), pela 1ª Turma Criminal do Tribunal de Justiça do DF e dos Territórios (TJDFT).

O alvará de soltura determina a imediata liberdade da presa, mas aplica medidas como não sair do DF e permanecer em casa a partir das 22h. Elizângela vai usar tornozeleira eletrônica.

De acordo com a Polícia Civil, a mulher teria cometido o crime com a ajuda do amante. Com base em diligência da 17ª Delegacia de Polícia (Taguatinga), o homicídio ocorreu em 18 de março. Após a investigação, os policiais verificaram que a acusada estava separada da vítima, Valdeci Carlos de Sousa, 63, devido a uma relação extraconjugal.

Com base nas apurações da PCDF, para encobrir o crime, a mulher teria comunicado o desaparecimento do marido no dia seguinte. Na época, de acordo com a polícia, ela teria confessado o homicídio em depoimento. A vítima foi morta com um único tiro na cabeça, supostamente disparado pelo amante da de Elizângela, José Willamy de Melo Raiol, 26 anos.

A acusada teria atraído o ex-companheiro para a residência ao dar à vítima expectativas de reatarem o relacionamento. Mas, segundo os investigadores, tratava-se de uma emboscada. No imóvel, depois de dominarem o homem, a dupla teria colocado Valdeci no veículo e rodou por todo o Distrito Federal com ele. A perícia revelou que a mulher estava na direção do automóvel. O amante seguia torturando o aposentado no banco traseiro.

Valdeci foi assassinado com a própria arma. O corpo foi encontrado no cerrado, às margens da DF-001.