Justiça do DF manda plano de saúde bancar tratamento de fertilização
A seguradora terá que arcar com o procedimento, que custa em média R$ 20 mil, no prazo máximo de 10 dias
atualizado
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O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) condenou o Bradesco Saúde S/A a autorizar e custear procedimentos de fertilização in vitro para um casal com infertilidade. A seguradora terá que arcar com o tratamento no prazo máximo de 10 dias, que custa em média R$ 20 mil, sob pena de multa diária caso haja o descumprimento da decisão.
A defesa alegou que o procedimento não está previsto na cobertura do plano, tampouco no rol de procedimentos e eventos em saúde editado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).
“A infertilidade é doença reconhecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS), razão pela qual entendemos que seu tratamento faz jus à cobertura. Caso não fosse reconhecido judicialmente o direito à reprodução assistida, o casal seria penalizado ao não poder concretizar o sonho de gerar um filho”, afirma.
O desembargador Josaphá Francisco dos Santos concedeu o pedido de tutela de urgência ao reconhecer a necessidade imediata para o início do tratamento. Dada a idade avançada da esposa (35 anos), havia o risco de agravamento da doença e de a infertilidade do casal tornar-se permanente, fatos que embasaram a antecipação do provimento jurisdicional.